Smartcity

Mobilidade sustentável e economia azul em destaque no Prémio Oeiras Valley

Conhecemos quatro projetos universitários inovadores a concurso na segunda edição da iniciativa levada a cabo pelo município oeirense
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Decorreu recentemente a cerimónia de encerramento da segunda edição do Prémio Oeiras Valley, que contou com a apresentação de projetos no âmbito das smartcities, da mobilidade sustentável e da economia azul. Após a avaliação de um júri, foram premiados três dos dez projetos finalistas.

O projeto vencedor, moldAI, desenvolvido por quatro alunos do Instituto Superior Técnico, é uma plataforma de manutenção preditiva de moldes de injeção de termoplásticos. Com recurso à inteligência artificial, este projeto pretende prever a janela temporal ideal para as empresas efetuarem as manutenções necessárias, antes de o molde parar.

Oeiras - AWAY
Oeiras (foto: AWAY/ DR)

Em segundo lugar ficou a Yzzy, uma plataforma de gestão de software e agenda que pretende digitalizar os negócios em 30 minutos, juntando as ferramentas necessárias para a gestão de agendamentos, pagamentos, empregados e clientes. O objetivo é permitir aos comerciantes a automatização e a melhoria dos processos de trabalho, digitalizando os negócios.

A fechar o pódio ficou a aplicação WalkWithMe – Anda Comigo, que através do uso das tecnologias geoespaciais se propõe a mapear percursos para promover a atividade física junto da população idosa, utente ou residente em lares e centros de dia, tendo em conta as suas fragilidades.

Conhecemos outro projeto finalista que pretende inovar a forma de reciclar

A reciclagem é um fator importante para a redução da pegada ecológica do planeta e há quem tenha ideias para incentivar a sociedade a fazê-lo cada vez mais. Conhecemos um outro projeto finalista do Prémio Oeiras Valley, o Smart Trash Oeiras.

Ecopontos - AWAY
Ecopontos (foto: AWAY/ DR)

Este é um projeto desenvolvido por um grupo de jovens licenciados em Ciências da Comunicação, pela Universidade Autónoma de Lisboa, que consiste num sistema inovador de ecopontos inteligentes que reúne os conceitos de smartcities e de sustentabilidade e incentiva a criação de hábitos de vida mais ecológicos.

Catarina Pereira, Margarida Sousa, Mariana Alves e Pedro Gonçalves, sob orientação do Professor Doutor Georg Dutschke, estiveram focados em trabalhar numa ideia que tivesse impacto no concelho de Oeiras, mas que fosse, sobretudo, viável e factível em outros municípios do país.

Projeto smart trash - AWAY
Catarina Pereira, Margarida Sousa, Mariana Alves e Pedro Gonçalves (foto: divulgação)

O Smart Trash Oeiras é um sistema que pretende contribuir para o combate às alterações climáticas, incentivando as pessoas a reciclar, refere Mariana Alves, destacando que esta foi uma necessidade em que o grupo se focou.

O projeto distingue-se de outras soluções de ecopontos inteligentes já existentes em outras partes do país e do mundo uma vez que inclui uma aplicação exclusiva para os habitantes do concelho.

Quando estes se deslocam aos caixotes para reciclar deverão fazer a leitura de um QR code que permite a acumulação de pontos, os quais poderão ser trocados por benefícios, como um desconto na taxa de gestão de resíduos, presente na fatura da água, ou vantagens no comércio local.

Projeto Smart Trash - AWAY
Projeto Smart Trash

Através desta aplicação, os habitantes também conseguem ter acesso a conteúdos didáticos sobre reciclagem e visualizar em tempo real a capacidade dos ecopontos na zona, com recurso a um sensor, presente nos caixotes do lixo.

Estes dados referentes à capacidade de lixo são uma mais-valia para os serviços municipais, visto que permitirão um ajuste de rotas, otimizando a recolha de resíduos. Esta é uma aposta nas novas tecnologias que pode ser uma alavanca para a sustentabilidade nas cidades, opinião defendida por Catarina Pereira.

Ecopontos - AWAY
Ecopontos (foto: AWAY/ DR)

O projeto colocou o grupo fora da zona de conforto, visto que são alunos de comunicação, mas para Margarida Sousa este foi um grande desafio que “agora, está a dar frutos, o que é bastante gratificante”.

Este sistema de ecopontos pode vir a contribuir para o futuro da sustentabilidade e das cidades, abrindo mentalidades ainda fechadas na sociedade, acreditam os quatro licenciados da Autónoma.

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