Cada vez mais a sustentabilidade torna-se uma preocupação para os países e cidades. Por isso, não é de estranhar que a proposta de Orçamento Municipal de Lisboa para 2023 tenha foco na redução da pegada ambiental, com forte aposta na reutilização de água e comunidades de energia renováveis.
No documento apresentado pelo vice-presidente e vereador das Finanças da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, surge um destaque para a sustentabilidade com cinco medidas diferentes pensadas especialmente para diminuir a pegada ambiental da capital portuguesa.
A aposta nos transportes públicos é uma das formas de retirar veículos pessoais das estradas e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Por isso, o executivo de Carlos Moedas pretende continuar a apostar nos passes gratuitos com um investimento esperado para 2023 de 15,8 milhões de euros.
Medidas no campo da energia surgem neste separador ambiental. Em 2023, a Câmara de Lisboa vai mudar a iluminação pública para lâmpadas LED, algo que terá impacto a nível ambiental e também na fatura da eletricidade, com uma poupança que pode ir até aos 80%, é referido.
Lisboa também pretende investir nas Comunidades de Energia Renovável, como já existem noutras partes do país, de forma a haver “geração descentralizada de energia solar fotovoltaica”, pode ler-se na proposta.
A reciclagem de água será uma aposta, havendo referência à reutilização de água na rega de parques municipais.
Numa altura em que se fala dos impactos das alterações climáticas e em que grandes chuvas provocam inundações e cheias em várias cidades, como Lisboa, a Câmara apresenta uma medida de resiliência.
Vão ser investidos 134 milhões de euros na construção de dois túneis de 6 km que possam evitar cheias e inundações como as que abalaram Lisboa no início de novembro e que provocaram vários estragos.