Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, pretende reduzir o número de trotinetes em Lisboa e limitar a velocidade máxima. Para tal, o autarca referiu que vai assinar em breve um memorando de entendimento com os operadores de veículos de micromobilidade.
Apesar de não ter referido quando este memorando será assinado, Carlos Moedas, que falou sobre o tema durante a reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, disse que o acordo terá “aspetos muito claros, o primeiro é uma redução da velocidade das trotinetes”, cita a Lusa.
Muitas das trotinetes disponíveis em Lisboa andam a mais de 20 km/h e há já várias cidades na Europa que têm limitado a velocidade máxima. Em Paris, estes veículos de mobilidade suave andam no máximo a 8 km/h o que, de acordo com o presidente da Câmara, reduziu substancialmente o número de acidentes na capital francesa.
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Outro objetivo do memorando é a redução do número de trotinetes elétricas disponíveis. Em setembro, depois de uma primeira reunião com os operadores, Carlos Moedas concluiu que Lisboa tem cerca de 15 mil destes veículos enquanto Madrid, com cinco vezes mais população, tem seis mil trotinetes. “Isso não é normal. […] vai ter que haver um acordo nesse sentido”, salientou.
Outra preocupação do autarca de Lisboa é criar mecanismos que permitam melhorar o comportamento em relação a andar de trotinetes em cima dos passeios ou em contramão.
Alertando que é impossível que esta monitorização seja feita a 100% pela polícia, Carlos Moedas referiu que “temos que ter sistemas tecnológicos em que as trotinetes não andem nos sítios errados, em que quando estão em cima do passeio não conseguem andar, que são estacionadas em pontos específicos da cidade”, refere a Lusa.
O próximo passo será saber se todos os operadores estão disponíveis para assinar o memorando, algo que aconteceria antes da entrada em vigor do Regulamento Municipal da Mobilidade Partilhada (RMMP) em 2023. Este documento está em processo de participação dos cidadãos até hoje, 25 de novembro.