Os níveis de poluição na Avenida da Liberdade, em Lisboa, têm-se mantido acima do que é considerado saudável. Nos primeiros três meses do ano, as concentrações de dióxido de azoto (NO2) estiveram acima dos limites determinados na legislação europeia.
O alerta é dado pela associação Zero que refere que nos primeiros três meses de 2023, a estação de monitorização da Avenida da Liberdade apontou um valor médio de NO2 de 48 microgramas por metro cúbico (μg/m3), dados ainda sujeitos a validação final.
O valor está acima do limite de 40 μg/m3 estipulado na legislação europeia e da recomendação de 10 μg/m3 da Organização Mundial da Saúde (OMS). Está também bastante acima dos limites propostos para a nova Diretiva Quadro do Ar que propõe um valor máximo de 20 μg/m3).
Em comunicado, os ambientalistas salientam que o Estado tem um papel fundamental para incentivar a que as autarquias criem Planos de Melhoria da Qualidade do Ar e os correspondentes Planos de Melhoria da Qualidade do Ar.
Além disso, a associação defende a implementação de uma Zona Zero Emissões, onde apenas transportes públicos, veículos de residentes e veículos sem emissões possam circular, tanto em Lisboa como no Porto.
Os níveis elevados de dióxido de azoto podem provocar irritação dos olhos e garganta e afetar as vias respiratória, diminuindo a capacidade respiratória e provocando dores no peito, edemas pulmonares e lesões no sistema nervoso central e nos tecidos.