Os Países Baixos desligaram turbinas eólicas offshore no Mar do Norte para permitir a migração de pássaros em segurança. Esta terá sido a primeira vez a nível internacional que tal foi feito, referiram as autoridades locais.
Durante quatro horas, os aerogeradores dos parques eólicos Borssele, da Orsted, e Egmond aan Zee, da NoordzeeWind, estiveram parados para não interferir com o trajeto de um fluxo de aves na área.
A decisão de travar as turbinas surgiu depois de especialistas terem previsto a passagem dos pássaros. O alerta foi dado com dois dias de antecedência, tempo suficiente para garantir a estabilidade da rede elétrica antes de se desligar o parque eólico offshore.
Apesar de ter sido a primeira vez que tal foi feito, não deverá ser a última. Este tipo de medidas poderá começar a ser mais frequentes de forma a garantir que se preserva a biodiversidade e que os parques eólicos offshore não interferem com a migração das aves.
Está já previsto que em época de migração, a velocidade das turbinas eólicas seja de apenas duas rotações por minuto no período noturno. A travagem das turbinas foi um teste antes da implementação a grande escala da medida já no outono.
A proteção das aves tem sido uma preocupação nos Países Baixos, já que o país prevê expandir a energia eólica offshore no Mar do Norte de forma a atingir 70 GW até 2050.
A nível mundial, têm surgido sugestões para diminuir o impacto das turbinas eólicas na rota das aves, como pintar as grandes estruturas às riscas para serem mais facilmente identificadas.