Barragem do Vilar poderá vir a ter painéis solares flutuantes, mas a ideia não agrada a todos. Os presidentes das câmaras de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço contestaram junto do Governo esta instalação, revelou o autarca de Moimenta da Beira.
A barragem do Vilar fica situada a sul, no concelho de Moimenta da Beira, e a norte, no de Sernancelhe. Além destes dois municípios, também Tabuaço, igualmente no distrito de Viseu, contesta os painéis, já que é no seu território que se situará a central elétrica.
Os presidentes das câmaras de Moimenta da Beira, Paulo Figueiredo, de Sernancelhe, Carlos Santos, e de Tabuaço, Carlos Carvalho afirmaram à ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, que a instalação destes painéis “não constitui uma mais-valia para os três” concelhos.
“Pelo contrário, representa um gravíssimo impacto negativo a vários níveis. No caso de Moimenta da Beira, este parque solar (de 16,7 megawatts) põe em causa toda a futura exploração turística da albufeira”, sublinhou à agência Lusa o presidente da Câmara.
Paulo Figueiredo também argumentou que “fica em causa a construção do primeiro Centro de Meios Aéreos Anfíbios do país, equacionado para funcionar em permanência ao longo de todo o ano” na barragem de Vilar.
O autarca lembrou que “o estudo para a sua implementação foi apresentado há pouco mais de um ano”, em maio de 2023, em reunião com a então secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, da tutela do ministério da Administração Interna, na altura com o ministro José Luís Carneiro, do Governo liderado por António Costa.
Paulo Figueiredo também defendeu que a instalação dos painéis fotovoltaicos flutuantes “mudará drasticamente a paisagem visual” da barragem do Vilar e irá “contribuir para o aumento do despovoamento” na região.