A quantidade de pilhas e baterias enviadas para reciclagem aumentou oito vezes, no primeiro semestre do ano, anunciou a associação Electrão, que recolheu mais de 963 toneladas de material entre janeiro e junho.
No mesmo período do ano passado, foram recolhidas 116 toneladas.
O número alcançado em seis meses é superior ao da recolha anual registada entre 2010 e 2022, segundo a mesma fonte.
No Dia Europeu da Reciclagem de Pilhas, o Electrão destacou que o resultado representa “um salto exponencial” nas pilhas e baterias industriais, maioritariamente provenientes de atividades empresariais e industriais, que passaram de 18 toneladas para 859 toneladas.
“O crescimento da recolha e reciclagem de pilhas e baterias portáveis, que normalmente são encontradas em comandos, brinquedos, telemóveis e computadores, ascende a 6%”, revelou a associação, em comunicado.
Para a recolha, contribuíram municípios, comerciantes, empresas, instituições e operadores de gestão de resíduos e o aumento do número de pontos de recolha para mais de 9000.
Os números continuam, porém, aquém do desejado, sobretudo nas pilhas e baterias portáteis, de acordo com o diretor geral de elétricos e pilhas, Ricardo Furtado, citado no comunicado.
“A cada dia que passa, as entidades gestoras que integram a Eucobat reciclam mais de 10 milhões de baterias, o que corresponde a 2,5 mil milhões de baterias por ano. Esta quantidade poderia estender-se ao longo de 116 mil quilómetros, o que permitiria dar três voltas ao mundo”, lê-se no documento.
As pilhas e baterias têm substâncias “altamente nocivas”, que poluem o solo e a água. Contêm igualmente materiais valiosos que podem ser reciclados, como o lítio, o zinco, cobalto e terras raras, elementos que integram a lista das matérias-primas identificadas pela Comissão Europeia como críticas para assegurar a transição ecológica e digital.