Os oceanos têm um papel preponderante para o planeta e são aliados de força para o ambiente por serem capazes de armazenar grandes quantidades de dióxido de carbono. Aproveitando o Dia dos Oceanos, que se celebra a 8 de junho, a Fundação Calouste Gulbenkian apresentou o seu novo projeto, o Gulbenkian Carbono Azul, que pretende identificar e caracterizar ecossistemas marinhos e costeiros em Portugal Continental com capacidade de sequestrar CO2, protegendo e restaurando-os conforme necessário.
O termo carbono azul é utilizado para o CO2 que é capturado e armazenado por ecossistemas marinhas e costeiros. Existem quatro tipos de ecossistemas de carbono azul no mundo: mangais, pradarias marinhas, sapais e florestas de algas. Em Portugal, existem os últimos três, e é nestes que a Fundação Calouste Gulbenkian estará focada.
O Gulbenkian Carbono Azul estará dividido em três fases, uma de base científica, uma segunda para investimentos-piloto e uma terceira para alargar o projeto e os investimentos.
Inicialmente, vai ser feito o mapeamento e a caracterização das nove áreas em Portugal com ecossistemas de carbono azul. Serão também analisadas quais as possíveis intervenções necessárias para recuperar e proteger estes ecossistemas de forma a que absorvam mais carbono.
A segunda fase, que irá decorrer até ao final de 2023, foca-se num primeiro investimento – o investimento-piloto – que irá permitir implementar medidas de proteção e restauro dos ecossistemas.
Com o objetivo de alargar o projeto, numa terceira fase, o projeto Gulbenkian Carbono Azul pretende impulsionar a criação de um mercado de carbono azul em Portugal, de forma a que haja mais investimento, e que empresas e entidades possam participar para compensar as suas emissões.
O lançamento do projeto vem no âmbito da participação da Fundação Calouste Gulbenkian na Conferência do Oceano das Nações Unidas, de 27 de junho a 1 de julho. Nessa altura, o Gulbenkian Carbono Azul será apresentado ao público.
(Foto: B. Jones/Unsplash)