Uma ilha no Pacífico remete-nos para um cenário paradisíaco. Mas de paraíso não há nada nesta gigantesca ilha que se formou no oceano e que não para de crescer. É conhecida como a Grande Ilha de Lixo do Oceano Pacífico e é composta por milhares de milhões de detritos em plástico, como lembra o jornal brasileiro NSC Total.
Os detritos oceânicos são continuamente misturados pela ação do vento e das ondas e amplamente dispersos explica a Ocean Clean Up que tem por objetivo retirar dos oceanos 90% do lixo até 2040. “Detritos encontrados em qualquer região do oceano podem ser facilmente ingeridos por espécies marinhas, causando asfixia, fome e outros problemas”, alertam os responsáveis.
De acordo com os dados mais recentes, a Grande Mancha de Lixo do Pacífico já cobre uma área de 1,6 milhões de quilómetros quadrados, o que equivale a cerca de três vezes o tamanho da França e 17 vezes o tamanho de Portugal continental.
Estima-se que 1,15 a 2,41 milhões de toneladas de plástico entrem no oceano a cada ano, vindas dos rios. Mais da metade desse plástico é menos denso que a água, o que significa que não afunda ao entrar em contato com o mar. Os plásticos mais resistentes e flutuantes demonstram resiliência no ambiente marinho, permitindo que sejam transportados por longas distâncias, pode ler-se no site da organização. Persistem na superfície do mar à medida que avançam para o mar, transportados por correntes convergentes e, por fim, acumulando-se na área.