Mobilidade

Aprovadas novas regras para quem anda de mota. Estas são as principais alterações

Os motociclos vão estar sujeitos a novas regras. Percebe quais são as principais mudanças
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Estacionamento para motos em Lisboa (Foto: AWAY/ DR)
Estacionamento para motos em Lisboa (Foto: AWAY/ DR)

O Parlamento aprovou no final da semana passada, com o apoio do PSD, PS e Chega, alterações às regras aplicadas aos motociclos. Uma das principais passa pelo fim das inspeções periódicas obrigatórias. Esta medida elimina a obrigatoriedade de inspeções técnicas regulares para motociclos, algo que gerava debate sobre sua relevância para a segurança rodoviária.

Outra alteração aprovada foi a universalização do acesso de motociclos às faixas BUS. As motas poderão passar a circular em faixas destinadas a transportes públicos, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana e lidar com problemas como trânsito e estacionamento.

O que dizem os partidos?

O deputado Miguel Santos, do PSD, lamentou a falha na execução da chamada ‘lei dos rails’ - que prevê a proteção destas estruturas nas estradas para maior segurança dos motociclistas - e o que diz ter sido a falta de atenção do Estado a estes condutores desde a aprovação dessa lei há 20 anos.

“Na verdade, nos últimos 12 anos, a única questão, e na verdade a menos relevante para promover a segurança, sempre foi sobre as malfadadas inspeções”, disse, para depois argumentar que não há qualquer correlação entre as inspeções e a segurança rodoviária - um argumento repetido por diferentes forças partidárias ao longo do debate parlamentar.

Na primeira intervenção socialista no debate, o deputado Carlos Brás assegurou que as propostas do PSD receberiam luz verde do seu partido, mas lamentou que o principal partido do Governo não tivesse permitido o arrastamento para a discussão dos diplomas de outras bancadas sobre a mesma matéria, defendendo que este não é um “tema que possa ser capturado por um ou outro partido”.

À intervenção de Carlos Brás, o deputado do PSD Cristóvão Norte respondeu afirmando que “fica mal” ao PS fazer esse tipo de apreciações sobre a questão dos arrastamentos depois de ter “apoiado um Governo que teve oito anos” para responder às questões em debate e não o fez.

A mesma crítica fez o deputado João Tilly, do Chega, que acusou o PS de nada fazer durante os oitos anos de governação e, além disso, atirou na direção da bancada social-democrata sublinhando que foi um Governo do PSD quem legislou no sentido de se fazerem inspeções periódicas obrigatórias aos motociclos. Mais tarde, a deputada Marta Silva, também do Chega, garantiu que o partido viabilizará as propostas do PSD.

Carlos Guimarães Pinto, da IL, frisou que o seu partido é a favor da proposta do PSD para pôr fim às inspeções nos motociclos e reiterou as críticas sobre o que diz terem sido oito anos de Governo do PS onde os socialistas, considerou, “não foram capazes de fazer absolutamente nada” nesta matéria.

Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS-PP, sublinhou o apoio do partido às propostas sociais-democratas, defendendo a importância das motas "para resolver muitos problemas de hoje em dia de mobilidade, de transportes e de estacionamento”.

À esquerda, Joana Mortágua, deputada do BE, questionou o PSD sobre que medidas estão pensadas em alternativa às inspeções periódicas, sublinhou também a importância de responder ao “problema diário” da falta de estacionamento para motociclos e garantiu que os bloquistas acompanharão todas as propostas trazidas à discussão.

António Filipe, do PCP, anunciou que “no essencial” o PSD contará com o apoio dos comunistas nas suas propostas, mas reiterou as críticas ao partido do Governo, por ter sido responsável pela criação da lei para a inspeção dos motociclos, e ao PS, por não a ter revertido enquanto esteve no Governo.

O Livre, por Isabel Mendes Lopes, mostrou o seu desejo de que o debate fosse alargado à segurança na estradas e à mobilidade num sentido mais alargado, e saudou as iniciativas do PSD no sentido de “promover a segurança rodoviária e reduzir a sinistralidade”.

Do PAN, Inês de Sousa Real saudou e garantiu acompanhar as iniciativas sociais-democratas, mas lamentou que o PSD não permitisse o arrastamento de propostas de outros partidos para a discussão.

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