Mobilidade

Projeto de barcos autónomos em Amesterdão pode ajudar a diminuir trânsito

Barcos autónomos elétricos terão capacidade para transportar passageiros, fazer serviços de transporte e recolher lixo
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A mobilidade está no centro da organização das cidades e é um elemento fulcral na qualidade de vida das pessoas. Repensar a mobilidade é essencial de forma a se planear cidades com menos trânsito e mais zonas focadas nos habitantes.

O MIT (Massachusetts institute of Technology) e o AMS (Amsterdam Institute for Advanced Metropolitan Solutions) juntaram-se para criar uma solução que permitisse libertar as estradas de Amesterdão e dar uma nova vida aos canais da cidade: barcos autónomos que dessem resposta às necessidades de mobilidade dos habitantes.

O projeto de investigação Roboat esteve em processo de investigação e desenvolvimento nos últimos cinco anos e o objetivo era desenvolver uma solução de mobilidade que ajudasse a dar resposta aos desafios urbanos do século XXI. Estes barcos autónomos já passaram do papel para o mundo real e foram desenvolvidos dois protótipos à escala real.

Por serem autónomos, conseguem localizar pontos de referência, fazem o acoplamento e desacoplamento sem necessitarem de intervenção humana e têm sistemas de prevenção de colisões. Graças ao software desenvolvido, os barcos conseguem aprender sozinhos e adaptam-se com base nas experiências que têm na água. Esta capacidade de aprendizagem será também muito útil quando os protótipos começarem a ser usados.

Estes barcos são elétricos, sendo alimentados por uma bateria de 12 kW e são capazes de se carregar sozinhos graças a pontos de carregamento sem fios que deverão ser colocados nos canais em que navegam.

Outra característica interessante destes barcos autónomos é que são modulares. Por isso, consegue-se adaptá-los facilmente às mais variadas atividades, desde o transporte de pessoas, ao transporte de bens, passando por um sistema de recolha de lixo que, inclusivamente, já foi apresentado.

O Waste Streams tem por base o barco autónomo, tendo sido adaptado para ter uma espécie de caixotes do lixo na parte superior. Fica na água e é recolhido por um Roboat. O sistema utilizado consegue otimizar horas de recolha, tornando a recolha de lixo mais eficiente e evitando a circulação de carros do lixo nas estradas.

O projeto Roboat está neste momento a dar um novo passo e prepara-se para os testes piloto nos canais de Amesterdão e para comercialização. No próximo ano, a equipa responsável espera desenvolver o projeto para três usos distintos: transporte de passageiros, recolha de lixo e monitorização.

(Fotos: MIT/AMS Institute)

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