A Alemanha está a planear avançar com um passe para transportes públicos que custe 49 euros por mês e que tenha cobertura a nível nacional. Para que a proposta avance será agora necessário que se chegue a acordo em relação ao valor que irá financiar a medida.
O objetivo do novo passe mais barato é levar mais pessoas a andar de transportes públicos, ajudando a fazer a transição para uma mobilidade mais sustentável, ao mesmo tempo que se reduz o consumo de combustíveis fósseis e tenta-se travar a inflação.
O próximo passo será agora definir o financiamento para que a medida possa avançar. De acordo com o Berlin Spectator, o governo federal diz estar disposto a financiar o passe único com 1,5 mil milhões de euros anuais caso os estados também cedam o mesmo valor.
A ideia de criar um passe universal por 49 euros surge depois de ter estado em vigor durante três meses, de 1 de junho a 31 de agosto, um bilhete mensal com um preço reduzido.
Por apenas nove euros, a população alemã pôde viajar em autocarros, U-Bahns e S-Bahns (metro e metro de superfície), elétricos e comboios regionais e urbanos durante um mês. Apenas os comboios de longa distância e de alta velocidade entre cidades não estavam incluídos.
A medida foi um sucesso, tendo levado mais pessoas a andar de transportes. Em termos ambientais, também teve impacto, já que se evitaram as emissões de 1,8 milhões de toneladas de CO2.
De acordo com a AP, que cita o ministro dos Transportes Voler Wissing, o passe poderá ser adquirido todos os meses ou apenas em meses isolados.
O passe poderá ser usado em todos os transportes menos nos comboios de alta velocidade e de longa distância, como aconteceu com o bilhete de nove euros.
A medida deverá avançar o mais depressa possível, havendo a hipótese de o passe único entrar em vigor a 1 de janeiro de 2023, explica o Euractiv.