Um dos pontos mais divertidos da mobilidade é que parece que há sempre espaço para inovar. Não importa quão simples possa parecer o dispositivo de transporte, há sempre uma mente criativa que vai dar-lhe uma nova forma. A Beam poderia ser uma proposta de trotinete elétrica como tantas outras. Mas um simples banco escondido transforma-a também numa espécie de pequena scooter.
A Beam é ainda um conceito de mobilidade urbana, idealizada por dois designers, Bhavya Upadhyav e Devam Jangra para ser uma solução divertida, inteligente, consciente e flexível. Esta última característica foi conseguida de uma forma simples e eficiente.
Em viagens curtas, a Beam funciona como uma simples trotinete elétrica. O utilizador coloca-se em cima e deixa-se rolar, em pé, por uns quantos quilómetros. Na hora de se fazer viagens mais longas, não há necessidade de se trocar de veículo. É só levantar a patilha que serve de base e que tem um pequeno banco. Em segundos, da trotinete faz-se uma pequena scooter elétrica. Já na hora de ser arrumada, dobra-se para ocupar pouco espaço.
Scooter elétrica e dobrável parece um brinquedo, mas é para adultos
Sendo ainda um conceito, trata-se mais de apresentar aquilo que a distinguiria de outros veículos semelhantes do que propriamente falar em especificações. Por isso, não há dados para velocidade máxima, autonomia ou tempos de carregamento.
O que interessa com a Beam é mesmo como é que pode ser o melhor meio de transporte para espaços urbanos.
Neste conceito, o design simplista esconde elementos não só importantes como divertidos. A visibilidade é um ponto relevante e, por isso, o conceito desta trotinete apresenta luzes frontais e luzes de travagem. O banco é mais do que isso, é também uma coluna de som que conecta ao telemóvel via Bluetooth e que permite ouvir música quando se está a acampar, por exemplo.
Os espaços são todos aproveitados para encaixar mais um ou outro elemento sem perturbar as linhas simples da trotinete elétrica. A bateria amovível é encaixada na plataforma da Beam e o quadro da frente tem espaço para um pequeno kit de primeiros socorros, porque, afinal, acidentes às vezes acontecem.
Trotinetes em Lisboa com estacionamento próprio e limite de velocidade
Os guiadores, apesar de simples, abarcam dois pequenos ecrãs, um onde se pode ver a velocidade a que se anda e o nível de bateria, e outro para ativar as luzes. No meio fica um encaixe para o telemóvel. Ainda há um espaço escondido no punho para se esconder um pequeno AirTag para nunca se perder a trotinete.
Apesar de original, divertida e versátil, a Beam ainda continua no espaço do imaginário e do hipotético. Arriscamo-nos a dizer que é um conceito possível de ser traduzido para os espaços urbanos, mas fica a dúvida se algum dia será possível navegar nas cidades com uma destas trotinetes.