A culpa é dos Sports Utility Vehicles (SUV). Para a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla original), os modelos com este estilo de carroçaria, normalmente de maiores dimensões face às berlinas tradicionais, são os mais prejudiciais para o ambiente, até mesmo quando equipados com motor elétrico.
Dados da organização sediada em Paris indicam que os 330 milhões de SUV que em 2022 circularam no planeta foram responsáveis pela emissão de quase mil milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, um valor acima das emissões anuais de um país industrializado como a Alemanha.
Perante esta realidade e atendendo à crescente popularidade dos SUV entre os consumidores, a IEA incita a indústria automóvel a reduzir o tamanho dos veículos que produz, alegando que os modelos com este estilo de carroçaria consomem cerca de um quinto a mais de gasolina do que um automóvel de tamanho médio.
De acordo com a IEA, o consumo de combustível dos SUV aumentou globalmente em 500 mil barris por dia entre 2021 e 2022, representando um terço do crescimento total da procura de petróleo. Pelo contrário, a quantidade de combustível usada pelos carros convencionais manteve-se aproximadamente a mesma.
Mas não se pense que as consequências negativas para o planeta provocadas pelos SUV se prendem exclusivamente com os modelos com motor de combustão. Para a IEA, os elétricos também não saem impunes.
Dados da agência internacional mostram que as vendas de veículos elétricos em 2022 superaram a barreira dos 10 milhões de unidades em todo o mundo, dos quais 5,5 milhões são do estilo SUV.
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Por serem maiores do que os modelos tradicionais, os SUV elétricos requerem baterias também maiores, o que se traduz num aumento da procura pelos minerais necessários ao seu fabrico, sublinha a IEA.