Mobilidade

Descobre as diferenças entre combustão, elétrico, híbrido e híbrido plug-in

Ainda tens algumas dúvidas sobre todas estas novas ofertas? Vamos tentar ajudar!
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A chegada de novas tecnologias continua a surpreender e, para além dos motores de combustão, vulgarmente gasolina, Diesel ou GPL, há três tipos de veículos cuja identificação é cada vez mais uma realidade: elétricos, híbridos e híbridos plug-in.

Para além dos referidos há ainda sistemas com baterias de pilha de combustível a hidrogénio (fuel cell), alimentação via solar e existem modelos que combinam várias tecnologias.

Motores de combustão

As grandes pick-up americanas, como esta Chevrolet Silverado mantêm versões apenas a gasolina

Os veículos com motor de combustão são a esmagadora maioria do mercado e têm a vantagem de poderem ser utilizados em qualquer parte do mundo onde exista uma bomba de gasolina. Têm a enorme desvantagem de ser uma das mais referidas (e verificadas) fontes de emissão de gases nocivos para a atmosfera, e, por isso, têm sido alvo do anúncio de várias restrições de circulação para os próximos anos.

Na verdade, os mais diversos construtores têm evoluído as ofertas rumo a uma produção e circulação mais sustentável, mas, ainda assim, os motores apenas de combustão parecem ter os dias contados.

Os motores a combustão dividem-se de forma genérica em gasolina ou Diesel. Em ambos os casos existem já ofertas com filtros (de partículas e outros), bem como várias tecnologias que minoram as emissões (não é só o CO2 que é nocivo), mas não é possível alimentar um motor de combustão sem que este emita gases poluentes.

A utilização de GPL (Gás de Petróleo Liquefeito), biodiesel ou combustíveis com maior componente de sustentabilidade minoram os efeitos porque emitem menos quantidade de CO2, mas, repetimos, não são fontes totalmente limpas.

As alternativas elétricas

Da necessidade de equilibrar a balança entre as nossas necessidades de deslocação e a proteção ao meio ambiente, surgiram então alternativas. As mais conhecidas são essencialmente: elétricos, híbridos e híbridos plug-in.

Os veículos puramente híbridos já existem no mercado há algum tempo e há marcas que os popularizaram muito antes de hoje se falar de veículos elétricos. Utilizam o motor de combustão para se deslocar, mas possuem um motor elétrico que auxilia esse motor.

Neste tipo de modelos não há lugar a quaisquer carregamentos e todo o processo de acumulação de energia na bateria provém ou da alimentação do próprio motor de combustão à bateria ou através de processos de regeneração de energia (essencialmente da travagem e da cinética/deslocamento).

O Toyota Yaris Hybrid tem sido um campeão de vendas com tecnologia apenas híbrida

Nos veículos híbridos plug-in (PHEV) o motor elétrico pode ser o responsável pela locomoção em modo “puramente elétrico” ou ser o auxiliar do motor de combustão. Nestes veículos, a bateria que alimenta o motor elétrico terá de ser carregada num posto de carregamento.

No entanto, tal como nos híbridos convencionais, estes modelos podem incrementar a carga da bateria com processos de regeneração de energia. A maior vantagem é que a bateria, por ser mais pequena, tem um tempo de carregamento menor do que as baterias dos veículos 100% elétricos.

Os híbridos plug-in, quando em modo de circulação puramente elétrico, podem atingir uma autonomia média de 50 quilómetros. Perfeita para uma utilização citadina. Se necessário, o motor a gasolina/gasóleo permite sempre realizar os quilómetros extra de acordo com o combustível disponível. Mas por isso mesmo não são 100% livres de emissões. Apenas o são quando circulam no modo completamente elétrico.

Nem os SUV escapam à eletrificação. Na imagem um Range Rover Evoque PHEV

Os veículos 100% elétricos surgem nesta equação como aquela que parece ser a solução para o curto prazo para assegurar uma transição energética e uma mobilidade sustentável.

Os veículos elétricos têm, pelo menos, um motor elétrico (existem modelos que possuem até quatro motores ou geradores, um para cada roda). Este motor elétrico funciona como gerador de potência destinado à tração e locomoção do veículo. A alimentação destas baterias dos veículos elétricos é realizada via carregamento em postos de alimentação (que podem estar em casa – tipo wallbox, nas empresas e, os mais correntes, em qualquer local da rua).

Por terem necessidade de deslocar apenas com recurso a um motor elétrico que recebe carga da bateria (iões de lítio é atualmente a mais vulgar) estes modelos têm que utilizar baterias maiores e, por isso, demoram mais tempo a carregar. Mas existem várias soluções para reduzir esse tempo de carregamento (pode demorar desde 15 minutos, num carregamento rápido para autonomia até 100 km, a várias horas para um carregamento completo).

O Nissan Leaf foi dos primeiros veículos 100% elétricos a ter expressão de vendas nos mercados internacionais

Os únicos veículos deste conjunto que asseguram uma deslocação, em todo o seu trajeto e tempo de utilização, inteiramente sem emissões de CO2 são os veículos puramente elétricos.

Nenhum destes, incluindo os elétricos, tem uma pegada ecológica 100% com emissões zero, porque, na produção, ainda há emissões a considerar.

Nota: Notícia atualizada a 20/10/2021 com introdução da participação da AWAY no Programa Esta Manhã da TVI

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