O governo decidiu não adjudicar a Avaliação Ambiental Estratégica, nem esperar por mais consensos, tendo avançado hoje com uma nova solução aeroportuária para a região de Lisboa, focada na margem sul do Tejo, ou seja, avança novo aeroporto complementar no Montijo e um definitivo em Alcochete.
Assim, um novo aeroporto no Montijo, com obras a iniciar em 2026, será a base de apoio ao atual aeroporto Humberto Delgado, na Portela, e, até 2035, deverá nascer uma nova estrutura em Alcochete, que determinará, nessa altura, o encerramento em Lisboa.
Segundo o Ministério das Infraestruturas, o plano passa por acelerar a construção do aeroporto do Montijo, já a partir de 2026, preparando assim no espaço de quatro anos uma solução para responder ao aumento da procura em Lisboa, complementar ao aeroporto Humberto Delgado, até à concretização do aeroporto em Alcochete.
De acordo com a Lusa, o executivo decidiu não adjudicar a Avaliação Ambiental Estratégica do novo aeroporto de Lisboa ao consórcio COBA/Ineco, e entregar ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) essa avaliação.
Falta, no entanto, esclarecer quando e de que forma irá ser realizado um novo estudo de impacto ambiental para esta área, face às várias manifestações contrárias ao projeto, quer por associações ambientalistas, quer por alguns autarcas locais.
Aliás, o primeiro-ministro António Costa tinha referido querer consenso com o novo líder do PSD nesta matéria, mas até ao momento desconhece-se se assim aconteceu.
Já no que respeita ao bloqueio das autarquias, em especial da Câmara da Moita, será expectável que o Executivo tente encontrar uma forma de aprovar, via maioria da Assembleia da República, uma lei que não permita entropias das autarquias num processo de interesse nacional.