O dióxido de carbono é normalmente apontado como o grande vilão no que à crise climática diz respeito. Fala-se em emissões de CO2 porque são de facto um problema para o ambiente, contribuindo para o efeito de estufa e para o aquecimento global. Mas há indústrias em que o CO2 não é a única fonte de poluição. Uma delas, é a aviação.
De acordo com a Euronews, os aviões, para além de CO2, libertam para a atmosfera óxidos nitrosos, dióxido de enxofre e partículas quando o combustível é queimado, e todos estes elementos contribuem para a poluição ambiental.
Por estas emissões serem libertadas a elevadas altitudes, interferem com as propriedades da atmosfera, aumentado os gases de efeito de estufa e tendo um impacto ambiental que chega a ser superior ao do CO2.
Um estudo da Comissão Europeia concluiu que, na aviação, o impacto das emissões de elementos que não são CO2 é duas vezes superior ao impacto do CO2.
Face a estes dados, a associação Transport & Environment alerta que estas emissões não são regulamentadas nas leis de aviação da União Europeia. Assim, grande parte do impacto da aviação no clima não é controlado.
Para a associação, citada pela Euronews, uma das possíveis soluções para este problema passa por alterar a composição do combustível usado. Ao reduzir os hidrocarbonetos presentes, será possível diminuir as emissões.
Ainda que a solução possa parecer simples, está longe de o ser. Os hidrocarbonetos, apesar de contribuírem para a poluição do setor, garantem o bom funcionamento dos aviões.