Se muitos construtores de automóveis já escolhem as zonas mais geladas da Escandinávia para desenvolver os seus testes de inverno, naturalmente que os suecos da Polestar, a “jogar em casa”, não poderiam escolher outro lugar que não o Círculo Ártico para levarem a cabo os seus rigorosos ensaios em ambiente ultrafrio.
O programa de testes do fabricante de veículos elétricos tem lugar a mais de 66 graus norte e uma duração de 15 semanas, de dezembro a março de cada ano. Durante este período, engenheiros e pilotos levam as máquinas ao limite, testando todos os componentes em condições particularmente exigentes, por vezes em temperaturas inferiores a 35 graus Celsius.
“A afinação de um chassis sobre neve e gelo permite-nos desenvolver os nossos automóveis em câmara lenta e com maior precisão. Com níveis de aderência tão baixos, podemos sentir e analisar a dinâmica a um ritmo muito mais lento do que no alcatrão”, explica Joakim Rydholm, engenheiro chefe de chassis da Polestar.
Para um teste ainda mais especial, a marca sueca juntou o piloto de ralis amador Joakim Rydholm a uma versão única do seu modelo 2 Long Range Dual Motor com Performance Pack. O Polestar 2 “Artic Circle” apresenta mais 30 mm de altura ao solo, maior potência e binário (350 kW e 680 Nm) e pneus de inverno 245/35 R19, com pregos metálicos de 4 mm (490 por pneu).
As suspensões foram modificadas face à versão em comercialização – molas 30% mais suaves e amortecedores Öhlins de três vias especialmente concebidos e afinados para este exemplar – foram montados suportes adicionais nos dois eixos para aumentar a rigidez torcional e aplicado um sistema protótipo “launch control” com patilhas no volante.
Esta versão preparada para o clima extremo do Ártico está ainda equipada com jantes de rali da OZ com 19 polegadas, quatro focos dianteiros em led, placa de proteção do chassis em fibra de carbono e recebe uma pintura exclusiva em cinzento mate e branco.
A Polestar adianta que não a colocará em produção.