Mobilidade

Carro automático ou manual: qual gasta menos combustível?

Durante anos acreditou-se que os carros manuais eram mais económicos, mas a tecnologia mudou as regras
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Interior do carro
Interior do carro
Relatório internacional aponta necessidade de reduzir emissões em 85% até 2035

Durante décadas, acreditou-se que os carros manuais eram sempre mais económicos. E, durante muito tempo, essa ideia foi verdade — até que a tecnologia mudou tudo. Hoje, as transmissões automáticas evoluíram ao ponto de desafiar (e até superar) a eficiência dos manuais.

De acordo com o site Publimetro, nos primeiros anos das caixas automáticas, o consumo era notoriamente superior. Os sistemas hidráulicos e os conversores de binário desperdiçavam energia do motor, o que se traduzia em mais combustível gasto.
Segundo estudos da Environmental Protection Agency (EPA), em 2005, um carro manual podia consumir entre 5% e 15% menos combustível do que um automático tradicional.

Mas isso já é passado. As novas transmissões automáticas — especialmente as de dupla embraiagem (DCT), continuamente variáveis (CVT) e automáticas eletrónicas otimizadas — são agora geridas por sistemas inteligentes que analisam o comportamento do carro em tempo real.
Estes sistemas ajustam o regime do motor ao ponto exato de eficiência, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de CO₂.

Além disso, as caixas automáticas modernas trabalham em conjunto com tecnologias como o start-stop, o modo eco e os sistemas híbridos, ajudando a poupar energia a cada arranque e travagem.

Os carros com transmissão CVT (Continuously Variable Transmission) têm ganho popularidade entre quem quer baixo consumo em cidade. Ao manter o motor sempre na rotação ideal, estas caixas conseguem ser mais eficientes do que as automáticas tradicionais — e até do que muitas manuais.

Já as caixas de dupla embraiagem (DCT) oferecem o melhor dos dois mundos: trocas de velocidade rápidas, sem perdas de energia, e uma condução suave. São especialmente eficientes em trajetos urbanos e mistos.

Mesmo que o carro manual ainda tenha preços mais baixos, a diferença de consumo praticamente desapareceu.
Em muitos modelos recentes, os automáticos conseguem igualar ou até melhorar o consumo de combustível das versões manuais.

Além disso, o consumo depende muito do condutor: um estilo de condução agressivo com uma caixa manual pode gastar mais do que um automático bem calibrado.

A velha ideia de que “o manual gasta menos” já não se aplica à maioria dos carros atuais.
Com a ajuda de algoritmos, sensores e gestão eletrónica, os automáticos tornaram-se aliados da sustentabilidade, reduzindo o desperdício de combustível e as emissões poluentes.

Por isso, quando fores escolher o teu próximo carro, pensa duas vezes: a poupança pode estar, literalmente, na posição “D”.

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