A Ford esteve a realizar um teste com o uso de um veículo de condução autónoma que, afinal, tinha um condutor a bordo. A iniciativa teve lugar no DP World London Gateway, complexo da empresa especializada em logística e operações de terminais portuários, integrado no porto de Londres, Inglaterra, e faz parte do programa de investigação de condução autónoma da Ford, concebido para ajudar as empresas a compreenderem como os veículos autónomos poderiam beneficiar a sua atividade.
Acima de tudo, o programa que o construtor americano está a desenvolver pretende identificar novas oportunidades e modelos para operações de veículos autónomos. Em particular, o objetivo passa por compreender como os processos existentes e as interações humanas podem funcionar em conjunto com os veículos autónomos.
Para o teste realizado no DP World London Gateway, a Ford utilizou uma Transit especialmente equipada para simular o aspeto de um veículo de condução autónoma, mas que afinal tinha um condutor escondido no interior.
Os funcionários do edifício de receção da empresa foram incentivados a colocar encomendas em cacifos seguros na zona de carga da Transit. Em horários de entrega estabelecidos, esta viajava para o outro edifício, a 3,5 km de distância, para que os colegas de lá pudessem recuperar as encomendas.
Todo o processo foi acompanhado por uma equipa de investigadores, assim como a realização de entrevistas com os participantes, antes, durante e depois do teste.
Concluiu-se que os funcionários rapidamente se sentiram à vontade para utilizar a Transit especialmente equipada e que alguns revelaram algum engenho em ultrapassar as dificuldades intencionalmente introduzidas pelos investigadores, tais como os pacotes errados a serem guardados nos cacifos errados.
“Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos clientes para aprender como estes veículos podem beneficiar os seus negócios e é emocionante ver em primeira mão o impacto que isto pode ter numa variedade de locais. O que funcionou tão bem nas instalações da DP World poderia igualmente ser benéfico nas universidades, aeroportos e instalações fabris”, sublinhou Richard Balch, diretor da área de veículos e mobilidade da Ford of Europe.
(Fotos: divulgação)