Tal com outras grandes capitais europeias Madrid teve de pôr ordem na anarquia que se vivia com as trotinetes partilhadas na cidade. Chegou a banir do centro, mas houve protestos. Agora há novas regras, menos operadores e, espera a cidade, melhor serviço de micromobilidade.
Em 2019 o município de Madrid limitou o número de trotinetes elétricas de serviços partilhados a 10 mil unidades e implementou várias regras (como velocidade máxima de 30 km/h e proibição de andar nos passeios). Mas não limitou o número de operadores e chegou a ter 18 empresas a operar.
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O caos foi-se instalando e tal como em Lisboa (que entretanto tomou medidas) e outras cidades europeias, rapidamente se viu inúmeras trotinetes abandonadas e um contínuo desrespeito por regras.
Agora os responsáveis autárquicos locais decidiram agir. Os resultados foram conhecidos esta semana e a aplicação das novas limitações e regras terá lugar em maio próximo, com avaliação permanente até 2026.
Madrid passa a ter apenas três operadores de mobilidade partilhada com contrato válido por três anos: Dott, Lime e Tier e cada um pode apenas ter em operação 2 mil trotinetes, para um total de 6 mil trotinetes elétricas partilhadas na cidade.
Mas as novidades não ficam por aqui. Os utilizadores, tal como em Lisboa, passam a ter que parquear as bicicletas ou trotinetes elétricas partilhadas em zonas previamente definidas sob pena de continuarem a pagar o aluguer.
Os operadores comprometeram-se ainda detetar infrações via GPS e a remover trotinetes incorretamente parqueadas, em menos de uma hora.
A pouco e pouco as cidades vão-se adaptando e melhorando as condições. A micromobilidade veio para ficar mas tem de ter regras.