A chuva persistente que caiu na última noite e durante grande parte do dia de hoje, 13 de dezembro, levou ao corte de várias estradas, encerramento de escolas e provocou vários desalojados, para além de incontáveis prejuízos.
Só até meio do dia a proteção civil já tinha dado conta pública de mais de 1500 ocorrências, com os distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora e Portalegre a figurarem entre os mais afetados, com especial atenção para a capital, mas também Campo Maior e Elvas.
Os alertas vão alternando entre amarelo e laranja, consoante a evolução meteorológica, com várias autarquias a pedirem à população para restringir deslocações. As principais ocorrências estão relacionadas com inundações, quedas de árvores e deslizamentos de terras.
Grande Lisboa debaixo de água em vários locais
A Baixa de Algés, em Oeiras, no distrito de Lisboa, voltou a inundar, tal como na semana passada, e a forte chuva que caiu durante a madrugada e manhã no distrito de Lisboa fez “muitos estragos” no concelho de Cascais, segundo a autarquia.
Várias vias de Lisboa continuavam encerradas às 14:30 por inundação, como os túneis do Campo Pequeno, Campo Grande, Avenida João XXI e Avenida de Berlim, a Radial de Benfica e vários locais em Alcântara, informou a câmara municipal.
Em Lisboa, “o nível de chuva foi muito parecido” com o registado há uma semana, com as estações meteorológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) em Lisboa a revelarem valores de precipitação superiores a 20 milímetros por hora entre as 04:00 e as 07:00.
Já em Oeiras, o presidente da Câmara, Isaltino Morais, considerou que a situação foi “muito pior” do que a da semana passada e houve mais prejuízos em estruturas municipais.
A Proteção Civil alertou que na madrugada de quarta-feira podem verificar-se cenários de precipitação forte, com condições favoráveis à ocorrência de trovoada, estando também prevista a ocorrência de fenómenos com “alguma complexidade ou fenómenos extremos de vento”, bem como agitação marítima.