Mobilidade

Requalificação de trabalhadores será a chave para minorar transição de empregos para carros elétricos

Estudo de uma plataforma para a promoção da mobilidade elétrica indica que serão suprimidos 35 mil empregos na indústria automóvel até 2030
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Trabalhadores precisam ser requalificados
Trabalhadores precisam ser requalificados

Com a transição para os veículos elétricos crescem naturais receios relativamente à futura situação laboral dos trabalhadores da indústria automóvel e surgem dúvidas sobre qual o impacto que as novas energias terão sobre os seus postos de trabalho.

A resposta está na requalificação e na formação. Pelo menos assim entende a iniciativa “Platform for Electromobility”, formada por organizações da sociedade civil, da indústria, do planeamento e da mobilidade, na qual estão representados os construtores Tesla, Renault e Nissan, ou empresas como a ChargePoint (infraestruturas de carregamentos) e o grupo 3M.

Um estudo divulgado por esta plataforma revela que o problema não estará na perda de empregos, mas na necessidade da mão de obra especializada adquirir novas competências. Dos atuais 5,65 milhões de postos de trabalho existentes na indústria automóvel na Europa (UE, Reino Unido e Dinamarca), é expectável que apenas 35 mil sejam suprimidos até 2030, cinco anos antes da data proposta pela União Europeia para a proibição do fabrico de veículos a combustão. Ou seja, menos de um por cento.

O mesmo estudo indica que os empregos nos construtores e nos fornecedores tradicionais, focados nos motores de combustão, cairão 20% e 42%, respetivamente, com uma perda acumulada de 500 mil postos de trabalho. Por outro lado, os fornecedores centrados na tecnologia para veículos elétricos irão contar com mais 240 mil trabalhadores, o que representa um aumento de 10% face a 2020, com os restantes 225 mil novos postos de trabalho a surgirem das infraestruturas de produção de energia e atividades relacionadas com a mobilidade elétrica.

Perante os dados apurados, a iniciativa “Platform for Electromobility” conclui que é necessário envolver a União Europeia, os governos e as empresas num esforço de investimento para a criação de programas de requalificação e formação dos trabalhadores, à medida que a indústria faz a transição para os veículos elétricos. Alerta que só assim será possível mitigar o impacto que essa transição terá sobre os atuais trabalhadores da indústria automóvel.

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