A easyJet e a Rolls-Royce juntaram-se com o objetivo de impulsionar o uso de hidrogénio na aviação. Através de uma parceria batizada de H2ZERO, as duas empresas da indústria da aviação vão desenvolver uma tecnologia para motores a combustão a hidrogénio que possa ser usado numa panóplia de aeronaves, incluindo as mais estreitas, como as usadas pela companhia aérea low-cost.
O programa irá beneficiar das capacidades de desenvolvimento de motores e sistemas de combustão da Rolls-Royce e do conhecimento operacional da easyJet. Em comunicado, é referido também que a companhia aérea irá investir vários milhões de euros no programa de testes, sem ser divulgado qual o valor.
As duas empresas pretendem começar a trabalhar juntas numa série de testes de motores, no solo, já este ano. Mais tarde, esperam elevar a tecnologia para o ar, mostrando como será possível utilizar o hidrogénio como combustível a partir de meados de 2030.
No final de 2022, a H2ZERO vai começar a testar a tecnologia a hidrogénio no motor Rolls-Royce AE 2100, e, mais tarde, vai avançar para testes no motor Rolls-Royce Pearl 15.
Ambas as empresas fazem parte da campanha Race to Zero, da ONU, uma aliança comprometida com o objetivo de se atingir a neutralidade carbónica até 2050. A parceria H2ZERO quer contribuir para a descarbonização da aviação e é uma resposta a vários estudos que mostram que o hidrogénio poderá ser uma solução com menor pegada ambiental para a indústria.
Hidrogénio tem sido estudado para a aviação
Esta não é a primeira parceria na aviação focada no hidrogénio. Em 2021, a Airbus e a Air New Zealand juntaram-se para estudar o potencial das aeronaves a hidrogénio como parte da estratégia da companhia aérea de ter uma frota menos poluente até 2030.
O governo inglês também acredita que uma das possibilidades para se ter aviões zero-emissões será o hidrogénio e criou um conceito de avião com movido a este combustível no âmbito da iniciativa FlyZero.