Já alguma vez reparaste na quantidade de coisas que vêm embaladas com esferovite? Telemóveis, eletrodomésticos pequenos e grandes e até peças de automóveis… a esferovite é um material interessante para proteger, mas infelizmente contribui para a poluição por plástico. Uma solução mais sustentável já existe e é feita com aquilo que poderia acabar no lixo.
A startup americana Cruz Foam nasceu em 2017 e é o resultado de horas e horas num laboratório universitário a tentar desenvolver uma espuma com menor pegada ambiental.
John Felts e Marco Rolandi, os fundadores da empresa, foram testando e criaram um produto à base de quitina, um material abundante na natureza que se encontra nos exosqueletos de animais, como camarões e outros crustáceos, e na parede celular de fungos. Normalmente, é considerado seguro para ser ingerido por animais.
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O resultado são umas pequenas bolinhas de espuma feitas a partir de material sustentável que podem ganhar qualquer formato para serem usadas em embalagens variadas. A grande vantagem é que as máquinas que dão forma à esferovite dão também a este produto da Cruz Foam.
Quando deixa de ser usada, a espuma da startup pode ser dissolvida em água e colocada no relvado ou no jardim sem ser prejudicial para o ambiente. Mesmo que acabe no mar, é seguro para os peixes consumirem o material, explicou John Felts, citado pela CNBC.
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No início de fevereiro, a empresa apresentou os seus novos produtos amigos do ambiente que vêm substituir o plástico-bolha presente nos envelopes e a espuma de plástico de embalagens de arrefecimento.
No comunicado, John Felts referiu que, se as projeções de vendas para os próximos três anos se mostrarem reais, os produtos da Cruz Foam vão impedir a emissão de cerca 53 mil toneladas de CO2, o equivalente ao emitido anualmente por 12 mil veículos.
A Cruz Foam juntou-se agora à Atlantic Packaging, uma empresa de embalagens, para fazer a distribuição dos seus produtos.