No campo da mobilidade, fala-se sobre criar opções com zero emissões para o dia a dia. As bicicletas e as trotinetes ganham destaque, mas a verdade é que a sua produção nem sempre é verde. O mesmo acontece para os acessórios essenciais neste tipo de deslocações, como os capacetes de bicicletas que acabam por ter uma pegada ecológica relativamente grande. O StudioMOM está a tentar resolver este problema.
Este estúdio de design neerlandês é conhecido por ter criado uma bicicleta a hidrogénio, a LAVO bike. Agora surge com o MyHelmet, um capacete para bicicletas que é biodegradável e, por isso, bem mais sustentável.
Por razões de segurança, de acordo com o StudioMOM, deve adquirir-se um capacete de bicicleta novo de três em três anos. Como este é feito de plástico e espuma de poliestireno expandido (EPS), quando se troca de capacete, cria-se lixo que não pode ser reciclado e que, por isso, é prejudicial para o planeta.
Assim, o objetivo do estúdio de design foi criar um capacete para bicicleta que protegesse a cabeça e que permitisse boa ventilação, mas que fosse produzido com materiais sustentáveis e biodegradáveis que tivessem a mesma capacidade e produção que o EPS.
Já há algum tempo a testar bioprodução com cânhamo e micélio, a StudioMOM juntou-se ao Politecnico di Milano para desenvolver o MyHelmet. O capacete usa então estes dois materiais que, ao serem aquecidos juntos, criam um material com propriedades semelhantes ao EPS. A fivela é produzida com fibra de cânhamo.
Em todo o processo de produção, as emissões de CO2 são residuais e não é necessário utilizar materiais fósseis.
A prova de conceito foi um sucesso e permitiu demonstrar que é possível usar o micélio na bioprodução a uma escala industrial.
O StudioMOM ainda está a dar os primeiros passos na criação deste capacete biodegradável e sustentável. Ainda assim, acredita que o micélio e o cânhamo sejam a solução para produzir capacetes que não são prejudiciais para o planeta, mas que ainda assim protejam quem os usa.