Há uns anos, quando se falava na mobilidade do futuro, imaginavam-se automóveis voadores. Hoje, ainda não existem, mas estão perto de ser uma realidade com os eVTOL, aeronaves elétricas de descolagem e aterragem vertical.
Há empresas a nascer com o objetivo de desenvolver estes veículos futuristas, mas há também marcas de mobilidade a apostar neste segmento, como acontece com a Hyundai Motor que criou a Supernal, uma divisão focada na mobilidade aérea avançada em 2021.
O objetivo da Supernal é simples: criar um eVTOL que ofereça um serviço a um preço acessível para que possa ser usado por todos, que seja seguro e que seja silencioso para ajudar a diminuir a poluição sonora nas cidades.
Para que se possam utilizar os eVTOL, vão ser também construídos hub para aterragem e decolagem, os vertiports. O serviço de eVTOL vai estar integrado com outras opções de transporte nas cidades de forma a facilitar as deslocações das pessoas.
Em 2028, querem já ter o veículo certificado para uso comercial e a operar nos Estados Unidos. Logo a seguir, pretendem chegar aos ares da União Europeia e do Reino Unido.
Conceito de cabine do eVTOL
A Supernal já apresentou uma imagem virtual daquele que poderá ser o seu eVTOL. O SA-1 é semelhante a grande parte das aeronaves de decolagem e aterragem virtual, com hélices no topo.
Recentemente foi apresentado o conceito de cabine em tamanho real deste veículo. Foi no Farnborough International Airshow, que ocorreu entre 18 e 22 de julho em Inglaterra, que a cabine, com um formato inspirado numa borboleta, esteve em exposição.
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Com cinco lugares, foi utilizada fibra de carbono na construção para garantir que a cabine seria o mais leve possível. A segurança foi uma prioridade, assim como a questão da sustentabilidade.
Os materiais utilizados têm uma pegada ambiental mais pequena. Foram usados tecidos à base de plástico reciclado, pele vegetal e madeira de origem responsável. Os bancos foram produzidos com a matéria-prima que sobrou do fabrico da estrutura da aeronave.
Este foi ainda um primeiro vislumbre de um eVTOL que poderá estar nos ares em seis anos. A Supernal vai continuar a desenvolver este serviço e este produto de forma a tornar a mobilidade aérea avançada acessível a todos.
(Fotos: Supernal)