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China testa foguetão reutilizável com metano e oxigénio líquido

Empresa chinesa i-Space testa com êxito nave espacial reutilizável
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Voo espacial do chinês iSpace Hyperbola-2 (foto: captura youtube)
Voo espacial do chinês iSpace Hyperbola-2 (foto: captura youtube)

O primeiro teste de foguetão reutilizável em grande escala da China alimenta as ambições da empresa iSpace em tornar-se a primeira a propor voos espaciais mais sustentáveis já em 2025.

Uma versão experimental do veículo espacial Hyperbola-2 (SQX-2Y), com mistura de combustível de fontes sustentáveis, realizou na passada semana um primeiro teste de descolagem e aterragem vertical com sucesso, noticiou a imprensa chinesa.

Pela primeira vez no setor espacial chinês, a empresa iSpace, sediada em Pequim, deu um passo mais perto da construção do seu próprio veículo de lançamento reutilizável, com um teste bem-sucedido em escala real do primeiro estágio do seu foguete Hyperbola-2.

O lançamento da nave espacial de 17 metros de comprimento, ocorreu centro de lançamento de satélites de Jiuquan, no deserto de Gobi, no norte da China, na quinta-feira (dia 2 de novembro), durou pouco menos de um minuto, mas foi suficiente para verificar se a empresa está no caminho certo para lançar seu maior foguete reutilizável Hyperbola-3 em 2025, refere a iSpace, citada pelos media locais.

O teste de descolagem/aterragem vertical alcançou uma precisão de aterragem de 1,68 metros, atingindo uma altura de 178,4 metros antes de fazer uma descida e aterragem controladas (50 segundos após) a uma velocidade de 0,025 metros por segundo.

O veículo é movido por um motor de propulsão a metano verde (produzido a partir de hidrogénio de fontes renováveis) e oxigénio líquido, uma tecnologia utilizada pela primeira vez pela China em julho passado e anteriormente apenas desenvolvida pelas empresas norte-americanas SpaceX e Blue Origin.

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Voo espacial do chinês iSpace Hyperbola-2 (foto: captura youtube)

De acordo com a i-Space, a informação recolhida no teste forneceu apoio técnico para o desenvolvimento de foguetões reutilizáveis de médio e grande porte que utilizem este tipo de propulsão. A ideia é colocar em órbita o Hyperbola-3, que terá um núcleo central e dois propulsores laterais, com 69 metros de comprimento e capaz de enviar até 8,5 toneladas para o espaço, até 2025.

Em maio passado, uma nave espacial reutilizável experimental regressou à China após 276 dias em órbita, o que foi considerado um marco no desenvolvimento deste tipo de tecnologia.

Na última década, Pequim investiu fortemente no seu programa espacial e alcançou marcos importantes, como a aterragem bem-sucedida de uma sonda no lado mais distante da lua em janeiro de 2019, um feito que nenhum país tinha conseguido até à data.

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