Para conseguirmos atingir a neutralidade carbónica e conseguir proteger o ambiente, é imperativo que se comece a arranjar alternativas de combustíveis e um dos que tem sido mais falado é o hidrogénio verde – hidrogénio produzido através de fontes renováveis. No entanto, a produção deste tipo de combustível sem emissões é dispendiosa.
Agora, a H2-Industries, uma empresa com sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos, criou um processo que permite a criação de hidrogénio verde a partir de resíduos urbanos, plástico e lixo agrícola, tornando-o economicamente mais rentável e acessível.
O único gás poluente emitido é o dióxido de carbono que é depois capturado com tecnologias próprias e comercializado em diferentes formas de biocombustível. O calor excedente produzido pelos resíduos durante o processo de criação de hidrogénio pode ainda ser aproveitado para gerar energia com a utilização de turbinas de vapor e geradores.
O transporte, armazenamento e até distribuição do hidrogénio verde é também garantido pela H2-Industries que utiliza contentores para hidrogénio líquido orgânico (LOHC – na sigla em inglês).
A H2-Industries recebeu recentemente aprovação para criar instalações para produção de hidrogénio verde a partir de lixo na cidade de Porto Said, no Egipto. Este hub de hidrogénio batizado de Suez Canal Project, será o primeiro no mundo.
Nestas instalações, será possível produzir 300 mil toneladas de hidrogénio verde por ano a partir de 4 milhões de toneladas de resíduos orgânicos e plástico não reciclado. A produção com as tecnologias da H2-Industries ficará por metade do custo da produção com outras tecnologias, sendo até economicamente mais interessante do que a produção de hidrogénio cinzento.
(Fotos: H2-Industries/Todos os direitos reservados)