Quem visitar o Parque Arqueológico de Pompeia, em Itália, dificilmente vai perceber que as telhas que cobrem os telhados são capazes de produzir energia solar. De cor terracota e formato tradicional, estas telhas solares vão agora ser usadas em Évora, Portugal.
Desenvolvidas pela empresa italiana Dyaqua, estas telhas solares são compostas por um material que deixa passar a luz e as células fotovoltaicas ficam dentro dos módulos. A primeira vez que foram testadas foi em Pompeia. Agora, graças ao projeto de smartcities POCITYF, liderado pela EDP, vão chegar aos telhados de Évora.
O projeto POCITYF, que vai criar áreas delimitadas com produção renovável, vai arrancar em duas cidades-piloto, uma delas Évora. Construída no topo de uma colina, os telhados dos edifícios da cidade ficam visíveis a quem passeia pelas ruas. Por isso, era essencial que os painéis solares ficassem escondidos.
A Tegola Canadese, uma empresa de energia solar italiana, está responsável por levar a produção solar a Évora. Para o edifício da Câmara Municipal, a empresa chamou a Dyaqua para instalar as suas telhas solares de terracota.
Para um pavilhão desportivo, um centro científico e dois parques de estacionamento a tecnologia será outra, a Tegosolar, da Tegola Canadese. Estes são painéis solares normais, mas que em vez de ficarem sobre o telhado, ficam integrados entre as telhas, estando invisíveis a partir da estrada.
O POCITYF – Positive Energy Blocks é um projeto europeu de smartcities que irá transformar áreas urbanas de cidades históricas e oferecer acesso a energia limpa e mais barata aos moradores. Tem a duração prevista de 60 meses e um orçamento geral de 22,5 milhões de euros.
É um consórcio formado por 46 entidades de 13 países e está a ser liderado pela EDP. Irá arrancar inicialmente em duas cidades-piloto, Évora, em Portugal e Alkmaar, nos Países Baixos, passando depois para Granada, Espanha; Bari, Itália; Celje, Eslovénia; Upjest, Hungria; Ioannina, Grécia; e Hvidovre, Dinamarca.