Será que a tecnologia tem um papel preponderante no combate às alterações climáticas? 83% das pessoas acreditam que sim e acham importante apostar na inovação em prol das energias limpas. Esta é uma das ideias partilhadas no novo estudo da Bosch, o Tech Compass 2023, que analisa como a tecnologia afeta a vida das pessoas em sete países do mundo.
No âmbito da tecnologia aliada à energia, é interessante notar que as opiniões acabam por ser relativamente distintas conforme o país em que foram recolhidas.
De forma geral, as pessoas acreditam que as fontes limpas são o futuro, e os entrevistados mostraram que gostariam de ver os seus países aumentarem o investimento em novas tecnologias para energias renováveis.
Ainda assim, uma percentagem significativa não quer descartar completamente a energia nuclear e os combustíveis fósseis, como o gás e o petróleo.
A aposta na energia solar é a mais consensual, com mais de metade dos inquiridos a acreditarem que o governo deve promover esta área. No Brasil é onde esta crença é mais expressiva, com 78% das pessoas a referir a energia solar. Na ponta oposta surge a França (53%) e a Índia (57%).
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A energia eólica é a mais referida no Reino Unido, com 64%, e tem expressão também no Brasil (60%), na Alemanha (50%) e nos Estados Unidos (43%). Interessante que França surge com menos resposta a favor da energia do vento, com apenas 25%, menos do que os dois países asiáticos.
O hidrogénio, uma das energias apontadas como o futuro, desperta pouco interesse nos países inquiridos, com exceção da Alemanha, onde 51% das pessoas acreditam que o governo deve apostar nesta fonte.
Energia nuclear, petróleo e gás ainda despertam interesse
Embora globalmente o apoio à energia nuclear seja relativamente baixo, com 23%, em França e na China há um apelo relativamente elevado, com 31% e 34% respetivamente.
Pelo lado negativo, olhando para aquelas que eram as fontes energéticas mais usadas até agora, as de origem fóssil, ainda há países que acreditam que devem ter investimento.
Tanto para o gás como para o petróleo, a Índia e os Estados Unidos foram os países com mais inquiridos a acreditar que se deve continuar a aposta nestas fontes (mais de 20% em ambos os casos).
Os países europeus são os que se afastam mais das fontes fósseis. Na Alemanha, apenas 8% dos inquiridos acredita que se deve aposta no gás e 4% no petróleo. Em França, as percentagens sobem ligeiramente, com 11% no caso do gás e 8% no petróleo.
Para desenvolver este estudo, a Bosch inquiriu 11 mil pessoas de sete países do mundo – Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos – durante o mês de setembro de 2022.