Energia

Como transformar um aterro de lixo em parque de energia solar?

Países Baixos estão a dar uso a antigos aterros de lixo para criar parques com painéis solares e impulsionar energia limpa
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Como é que se dá uma segunda vida a um terreno que em tempos serviu como aterro de lixo e agora pouco uso tem? Nos Países Baixos, colocam-se painéis solares e criam-se parques de energia solar.

A TPSolar é uma empresa neerlandesa que tem vindo a desenvolver parques solares em montanhas de lixo agora cobertas. Um deles encontra-se em Armhoede, a cerca de 130 km de Amesterdão.

Parque solar em aterro - AWAY
Parque solar de Armhoede está sobre antigo aterro (foto: TPSolar)

Com uma área de 17,6 hectares, o parque solar de Armhoede está coberto por 23 mil painéis solares fotovoltaicos com capacidade para gerar 8,9 MWp de energia limpa. Isto quer dizer que alimenta cerca de 2500 casas na zona.

Mas há mais neste parque do que apenas painéis. Com o objetivo de poder aproveitar ao máximo a área que poderia acabar vazia, foi colocada relva e plantados arbustos e árvores. Agora, cerca de 100 ovelhas pastoram o espaço e foram instalados oito grandes hotéis para abelhas.

No vídeo, com legendas em inglês, é possível ver como foi a construção do parque em Armhoede:

Este não é o único projeto do estilo da TPSolar. O aterro de Dordrecht também já está coberto por 22 mil painéis solares, e o de Uden, que ocupa uma área de 9 hectares, em breve também estará a gerar energia renovável.

Parques solares em aterros, uma solução para os Países Baixos

Tal como está a acontecer com o resto da Europa, os Países Baixos querem aumentar substancialmente a produção de energias renováveis. Mas este objetivo tem um entrave: há falta de terrenos para criação de parques solares e eólicos.

A solução passa, então, por ser criativo, dando mais do que uma finalidade ao mesmo pedaço de terra. Assim surgiu a ideia de utilizar antigos aterros de lixo. Mas estes não são os únicos espaços a ganhar uma segunda vida.

Painéis solares flutuantes estão agora em lagos neerlandeses e culturas de morangos e framboesas estão cobertas por painéis fotovoltaicos.

Ate 2030, o governo neerlandês quer que 70% da eletricidade usada venha de fontes renováveis. Para tal, é essencial aumentar a energia solar e a eólica.

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