Depois de a portuguesa Prio, a britânica BP e a norueguesa Equinor terem anunciado que vão sair da Rússia, mais empresas do setor da energia começaram a anunciar os planos para os seus negócios no país que invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro.
Em comunicado, a Shell anunciou no último dia de fevereiro que se preparava para sair das joint-ventures que tinha com a Gazprom, uma empresa energética controlada pelo Estado, e empresas associadas, deixando assim todas as operações na Rússia que detinha.
O grupo italiano Eni também já tomou uma posição e planeia vender a sua participação no gasoduto Blue Stream, que detém com a Gazprom, e que transporta gás da Rússia para a Turquia. Em comunicado, o porta-voz sublinhou que “a presença atual da Eni na Rússia é marginal”.
Ford e Harley-Davidson deixam Rússia
Por outro lado, a TotalEnergies, petrolífera francesa, anunciou que não vai investir capital em novos projetos na Rússia. Apesar de ter condenado o ataque militar de Moscovo, a companhia não tem planos para abandonar o país governado por Vladimir Putin.
A maior empresa energética dos Estados Unidos, Exxon Mobil, também se mostrou contra a guerra declarada pela Rússia e, por isso, irá abandonar as operações na Rússia e irá parar novos investimentos.
A dinamarquesa Orsted, a austríaca OMV e a britânica Centrica também vão abandonar os negócios em território russo.
A Repsol, outra grande companhia de energia, não tomou qualquer posição, mas a empresa já tinha deixado o território russo em janeiro de 2022, altura em que vendeu as suas duas últimas participações à Gazprom.