De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA em inglês), a energia nuclear é atualmente responsável pela geração de 10 por cento do total de produção mundial e existem países onde essa quota corresponde já a 20 por cento.
Na verdade a Comissão Europeia tem vindo a incentivar a utilização da energia nuclear como uma possível solução de apoio à transição energética e inclusive estabeleceu a atribuição de “rótulo verde” a esta geração a partir de janeiro de 2023.
Apesar destas considerações, os especialistas da Goldman Sachs não parecem partilhar do mesmo entusiasmo.
A energia nuclear não é um assunto novo, mas a sua história tem sido complicada, por um lado apesar de ser considerada uma solução de energia sem emissão de carbono, existem outros problemas nomeadamente com a segurança do reator, radiações e lixo radioativo.
Um recente relatório da Goldman Sachs, citado no podcast da CNBC “Squawk Box Europe”, revela que o investimento previsto para a transformação energética europeia poderá rondar 10 triliões de euros até 2025. O gás natural poderá manter-se como fulcral nas próximas duas décadas e o problema é que apesar de ser considerado o mais limpo, é ainda um combustível fóssil.
Para os especialistas da consultora os elemento-chave da transição energética serão a energia eólica, solar e o hidrogénio verde, mas não o nuclear.
No relatório é referido que o nuclear pode ser uma solução de continuidade e há investimentos que poderão ser realizados, mas não poderá ser uma tecnologia de transformação energética.