Energia

Reino Unido fornece eletricidade à Europa, com França em sérias dificuldades

Encerramento de centrais nucleares em França reduz produção de eletricidade no país e impulsiona exportações do Reino Unido
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Reino Unido exporta eletricidade para a Europa
Reino Unido exporta eletricidade para a Europa

Uma realidade que já não se verificava há cinco anos. O Reino Unido voltou a exportar eletricidade para a Europa continental de forma regular, desde o passado mês de abril, em grande parte devido às carências energéticas que se verificam em França.

O país liderado por Emmanuel Macron está a atravessar um período de fraca produção de energia elétrica de origem nuclear – a quebra mais acentuada dos últimos 10 anos – causado pelo encerramento de aproximadamente metade das 56 centrais que formam a espinha dorsal do sistema elétrico do país.

O encerramento das centrais nucleares ocorreu em maio passado, para operações de manutenção e reabastecimento. Em algumas unidades veio também a verificar-se uma inesperada corrosão, que forçou o seu fecho.

Para além de França, o Reino Unido está a exportar eletricidade de forma regular para outros países europeus, como a Bélgica e os Países Baixos, através de cabos subaquáticos.

Esta situação já não se verificava desde novembro de 2017 e constitui uma mudança no fluxo habitual de fornecimento de energia.

O Reino Unido está geralmente dependente de importações da Europa continental para ajudar a equilibrar a sua própria rede, em especial nas épocas em que verifica menor produção de eletricidade a partir de fontes renováveis, com a solar e a eólica.

O facto de o Reino Unido ter vindo a receber maiores quantidades de gás natural liquefeito por via marítima, tem-lhe permitido inverter a habitual tendência e passar a produzir maiores quantidades de eletricidade a partir daquela fonte de energia.

Quanto à França, e para piorar o cenário, as dificuldades causadas pelo encerramento das centrais nucleares juntam-se à crise energética que assola o Europa, numa altura em que a União Europeia se prepara para realizar novos cortes nas importações de gás russo.

Como consequência, o preço da energia no país liderado por Macron está a atingir máximos históricos.

(Fotos: K. Wurth, M.Henry e L. Lehotsky/ Unsplash)

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