Energia

5 apelos ao combate à pobreza energética em dia da energia

Zero apela a uma maior ação do estado e transposição urgente de diretivas de energias renováveis
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Combate à pobreza energética (Foto: R. Annandal/Unsplash)
Combate à pobreza energética (Foto: R. Annandal/Unsplash)

A associação ambientalista Zero fez hoje, no Dia Mundial da Energia, cinco apelo ao combate à pobreza energética, referindo que a política do setor "tem de salvaguardar a sustentabilidade ambiental" sem "falhar face à emergência climática".

Nos cinco apelos que a Zero faz, o primeiro é à necessidade de se "aprovar a Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética" relembrando que, no contexto nacional, "20% da população não consegue suportar os encargos pra garantir o conforto térmico em casa".

A associação ambientalista liderada por Francisco Ferreira, defende também que se deve "transpor urgentemente a Diretiva das Energias Renováveis", que segundo a associação "está com um atraso de 11 meses face ao prazo limite".

O terceiro apelo da Zero prende-se com a adoção das "medidas de promoção da eficiência energética que estão em falta desde há 19 meses", recordando de que: ”Portugal falhou na adoção das medidas de promoção da eficiência energética", com a diretiva de 2018 a pretender assegurar o objetivo europeu "de atingir 32,5% em matéria de eficiência energética até 2030".

A Zero defende também a redução da necessidade de energia útil, a melhoria da eficiência dos sistemas técnicos e a implementação de sistemas com recurso a fontes de energia renovável.

É também visada pelos ambientalistas a necessidade de se "avançar com a simplificação e desburocratização do autoconsumo coletivo e apoio às comunidades de energia renovável", com a Zero a apelidar de "lentos e confusos" os processos administrativos.

A associação quer ainda acabar com "investimentos ociosos no gás natural", considerando que, por exemplo, após apresentado o plano para afastar a UE dos combustíveis fósseis russos, este "foi ofuscado por mais investimentos em infraestrutura de gás".

"A diversificação dos locais de origem de energia simplesmente substitui os combustíveis fósseis russos por outros combustíveis fósseis, levando a uma continuação de dependências", segundo a Zero.

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