Energia

Custo da energia triplica nas empresas nacionais e pode implicar fechos

AEP exorta à implementação de medidas que possam ajudar as empresas a mitigar o aumento dos custos de produção
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Aumento do custo da energia penaliza empresas nacionais
Aumento do custo da energia penaliza empresas nacionais

A escalada dos custos com a energia e a não implementação de medidas capazes de a mitigar implica que as empresas nacionais possam ter de reduzir a sua atividade, ou até mesmo de encerrar unidades de produção. Quem o diz é a Associação Empresarial de Portugal (AEP), no seguimento de um inquérito realizado a 1020 empresas suas associadas.

O estudo levado a cabo pela AEP concluiu que cerca de 40% das empresas triplicou o custo com gás natural, mais de 16% triplicou a fatura elétrica e 60% registou aumentos nos combustíveis superiores a 20%.

O mesmo documento indica que dois terços das empresas consideradas dizem não estar a obter qualquer benefício com o mecanismo extraordinário criado no âmbito do Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL), destinado a evitar uma subida acentuada dos preços da energia. Mais de um quinto revela mesmo não conseguir aferir da existência ou não de benefícios, em virtude de este não estar destacado de forma autónoma na fatura.

Perante os resultados do inquérito, Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, alertou em declarações à Lusa que é imperativo reduzir a tributação sobre a energia, assim como criar medidas efetivas e eficazes que possam ajudar as empresas a mitigar o aumento dos custos de produção.

Para o responsável da associação, a solução “passa por alocar de modo predominante, célere e imediato os fundos europeus (Portugal 2030 e reorientação do PRR) para as empresas”, os quais poderiam contribuir para investimentos na eficiência energética.

A consulta ao tecido empresarial realizada pela AEP mostra que quase metade (47%) das empresas afirma não conseguir refletir no preço dos produtos o aumento dos custos da energia, pois acreditam que isso lhes traria perda de competitividade e redução no volume de encomendas.

Perante esta realidade, a maioria das organizações consultadas pela AEP afirmam que a alternativa para garantir rentabilidade passa pela redução de atividade e pela modificação nas gamas de produtos. Já cerca de um quinto das empresas admite recorrer ao ‘lay-off’ ou ao encerramento parcial de unidades de produção para fazer face ao aumento dos custos com energia.

Fotos: Pexels

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