Um novo estudo vem demonstrar que a redução da utilização do carvão como fonte de energia a nível global não está a ser suficientemente rápida, tendo em conta o objetivo de limitar o aumento da temperatura a 2 graus Celsius.
A investigação conduzida pelas universidades Chalmers University of Technology e Lund University, ambas localizadas na Suécia, aponta para o perigo de se falhar o objetivo do Acordo de Paris, sendo o mais provável que a temperatura venha a subir entre 2,5 a 3 graus Celsius face ao níveis pré-industriais.
Embora reconheçam que há cada vez mais países interessados em eliminar gradualmente o carvão dos seus sistemas energéticos, os investigadores concluíram que o ritmo a que essa eliminação está a acontecer é demasiado lento, o que contribui para que a temperatura média tenha tendência a aumentar acima do desejado.
O grupo de investigadores analisou os compromissos assumidos por 72 países no sentido de eliminar progressivamente a sua utilização de carvão no período 2022-2050.
Perante os dados a que teve acesso, a equipa envolvida no estudo concluiu que o carvão tem de ser eliminado mais rapidamente a nível global, sendo que a China e a Índia têm responsabilidades acrescidas. Limitar o aumento da temperatura a 2˚C, afirmam os seus autores, só é possível se estes dois países começarem a eliminar gradualmente a utilização de carvão no prazo de cinco anos.
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Para os investigadores da Chalmers University of Technology e da Lund University o cenário mais realista é o aumento da temperatura entre 2,5 a 3 graus. Na sua opinião, os compromissos assumidos pelos diferentes países não são suficientes, nem mesmo entre os mais ambiciosos.