Samsung SDI, LG Energy Solution e SK Innovation são três colossos tecnológicos da Coreia do Sul. Se à primeira vista nada te dizem, fica a saber que mais de um quarto dos veículos elétricos ou híbridos plug-in, produzidos em todo o mundo, contam com baterias fornecidas por um destes três construtores. Sim, Tesla incluída.
Os dados são da SNE Research, e revelam uma aposta forte do governo e indústria sul-coreanos que já tem mais de uma década (ver foto abaixo), mas as coisas podem mudar em breve, ou pelo menos para viaturas provenientes de construtores norte-americanos.
O governo de Joe Biden implementou uma lei que obriga a que em 2023, pelo menos 40% do total de minerais críticos para produção de baterias tenha que ter proveniência dos Estados Unidos ou de países com acordos de livre comércio.
Biden tem apostado em "puxar" para os EUA a produção de baterias com forte investimento. Mas qual será o impacto desta medida (que na verdade é de caráter fiscal)?
Esta lei irá taxar fortemente produtos que não cumpram este requisito. Pior, do ponto de vista das empresas sul-coreanas, é que esta incorporação americana terá de atingir cerca de 80% até 2027.
Em declarações à Reuters, em meados do mês passado, a LG Energy Solution afirma que será extremamente difícil atingir estas metas quando é do conhecimento geral que a China domina os processos de extração de minério a nível mundial. E a opinião da SK e da Samsung não é muito diferente,
Esta medida irá ter impacto na Tesla, Grupo General Motors e Ford, mas se o exemplo for seguido pela União Europeia, as coisas podem complicar-se para a produção na Coreia do Sul. A solução poderá passar pelo deslocamento de fábricas… mas as matérias primas continuarão a ser um entrave.