A petrolífera americana ExxonMobil está a mover um processo judicial contra a União Europeia (UE), na tentativa de bloquear o novo imposto extraordinário que esta quer impor às empresas do ramo.
A empresa considera que a UE está a exceder a sua autoridade legal ao quer fixar o novo imposto, mas Bruxelas garante que as medidas tomadas para taxar os elevados lucros obtidos pelas petrolíferas, durante os anos de 2022 e 2023, estão em total conformidade com a legislação europeia.
Por detrás da tomada de posição da UE está o facto de as companhias petrolíferas estarem a obter lucros recorde, motivados pelos preços elevados da energia, o que está a provocar um aumento da inflação em todo o mundo.
Do lado da Exxon Mobil o novo imposto é encarado como um motivo para reduzir o investimento na UE, já que a taxa extraordinária sobre os lucros tornará o território menos atrativo do ponto de vista financeiro. Uma opinião partilhada pela também empresa petrolífera Chevron.
Perante a possibilidade de o imposto avançar, a Exxon Mobil já foi, aliás, adiantando que o vai ter em conta quando pensar em realizar avultados investimentos para o fornecimento de energia à Europa.
Galp também regista lucros volumosos. Para ler aqui.
A nova taxa de duração temporária poderá gerar cerca de 25 mil milhões de euros em receitas públicas, os quais seriam redistribuídas pelos estados-membros.