Se estás no mercado regulado, prepara-te que a fatura de gás e de eletricidade vai subir já em janeiro de 2023. A informação foi avançada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos – ERSE, que explicou que o preço da eletricidade aumenta 1,6% face a dezembro de 2022, e que o preço do gás natural sobe cerca de 3% para os clientes mais representativos do mercado regulado.
Preço da eletricidade no mercado regulado
Em relação à eletricidade, a ERSE adiantou que apesar de os clientes de Baixa Tensão Normal (BTN) irem registar um aumento médio de 1,6% em relação ao preço em vigor em dezembro de 2022, face à média anual, a variação será de 3,3%.
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Este acréscimo tarifário é superior ao anunciado em outubro. Isto acontece pois houve um menor sobreganho com a produção em regime especial a devolver aos consumidores do que o que foi inicialmente previsto.
De acordo com os dados publicados pela ERSE, com este aumento, a fatura média mensal, a partir de janeiro 2023, para um casal sem filhos (potência 3,45 kVA, consumo 1.900 kWh/ano) aumenta 0,54 euros e para um casal com dois filhos (potência 6,9 kVA, consumo 5.000 kWh/ano) sobe 1,41 euros.
A ERSE acrescenta ainda que as tarifas de acesso à rede em 2023 vão descer significativamente, passando a ter um valor negativo em todos os níveis de tensão.
Preço do gás natural no mercado regulado
Falando agora do gás natural, a ERSE referiu em comunicado citado pela Lusa que “o preço da tarifa de energia do mercado regulado, em +2 euros por MWh, com efeitos a partir de 01 de janeiro de 2023”. Isto representa uma subida de 3% na fatura média mensal de gás natural.
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Esta subida acontece porque o custo unitário de aquisição de gás natural do Comercializador de Último Recurso grossista (CURg) para 2022/2023, aprovado em junho de 2022, de 22,85 euros/MWh teve de ser retificado para 27,14 euros/MWh, uma subida de 4,29 euros/MWh. O aumento de 2 euros/MWh tem como objetivo evitar desvios elevados.
Desta forma, a fatura média mensal, a partir de janeiro 2023, para um casal sem filhos (1.º escalão de consumo, consumo 1.610 kWh/ano) aumenta 0,33 euros e para um casal com dois filhos (2.º escalão de consumo, consumo 3.407 kWh/ano) sobe 0,70 euros.
De acordo com dados do final de outubro, estão no mercado regulado de eletricidade 941 mil clientes e 324 mil no mercado regulado de gás natural.