Sustentabilidade

Retalho reconhece valor da sustentabilidade, mas nem 20% cumpre objetivos

Apesar de verem vantagens no desenvolvimento de estratégias de sustentabilidade, empresas tardam em agir
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Retalho não cumpre objetivos de sustentabilidade (Foto: AP/Ric Francis)
Retalho não cumpre objetivos de sustentabilidade (Foto: AP/Ric Francis)

Definida como uma característica de modelo de desenvolvimento económico que procura a melhoria do nível de vida das populações, a sustentabilidade parece ser uma prioridade estratégica para grande parte das empresas de média e grande dimensão. Mas “parece” será mesmo a palavra certa, pelo menos no setor do retalho, já que as empresas a conseguir cumprir os seus objetivos de sustentabilidade são menos de 20%.

O dado consta do estudo “Sustainability In Retail Is Possible – But There’s Work To Be Done” realizado pela consultora Boston Consulting Group (BCG), em parceria com o Congresso Mundial de Retalho, no qual participaram 37 grandes empresas globais, incluindo grossistas, marcas de moda e de artigos para casa e eletrónica, com receitas anuais entre mil milhões e 500 mil milhões de dólares.

Retalho (Foto: AP/Tony Dejak)

Do lado das empresas há uma compreensão generalizada das vantagens inerentes ao desenvolvimento e implementação de uma estratégia de sustentabilidade – acesso a melhores condições de empréstimos; redução de custos; atração de novos clientes; retenção de colaboradores –, mas o estudo indica que que apenas algumas chegaram à fase em que podem reivindicar a sustentabilidade como elemento central da estratégia de negócio e de criação de valor.

Embora 60% das empresas acreditem que os seus objetivos são ousados e diferenciados, mais de metade ainda não estabeleceu quaisquer indicadores de desempenho de sustentabilidade. […] Algumas organizações mostram-se presas aos ‘básicos da sustentabilidade’, fazendo o suficiente para cumprir os regulamentos e satisfazer as expectativas mínimas dos investidores e outros stakeholders”, destaca a BCG.

No relatório agora divulgado é apontada a necessidade de uma mudança transformadora nas atitudes e processos para colocar a sustentabilidade no centro da estratégia empresarial. De acordo com a BCG, “será necessário fazer um maior esforço para aumentar e acelerar a resposta das empresas retalhistas a questões como a das embalagens de plástico”.

O estudo sugere ainda a tomada de pequenos passos para as empresas que se encontrem em fases muito iniciais da sua estratégia de sustentabilidade. “De forma agregada, estes passos permitirão uma mudança permanente e significativa, que criará um valor tanto para cada empresa individualmente, como para a indústria”, destaca a BCG.

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