No início deste mês, o Governo anunciou o Programa E-LAR, uma iniciativa destinada a apoiar as famílias na substituição de eletrodomésticos antigos e ineficientes por equipamentos energeticamente mais eficientes. O objetivo é reduzir a pobreza energética, melhorar o conforto térmico das habitações e promover a eletrificação dos consumos energéticos, alinhando-se com as metas de sustentabilidade e transição energética.
De acordo com informações entretanto avançadas pelo jornal Público, o programa contempla a substituição de "pequenos eletrodomésticos", incluindo chaleiras, placas de fogão e sistemas de aquecimento. No entanto, a lista exata dos dispositivos abrangidos ainda não foi divulgada.
A substituição de fogões a gás por alternativas elétricas mais eficientes é particularmente relevante, tendo em conta os impactos negativos que os fogões a gás podem ter na saúde. Um estudo recente, intitulado Expondo os impactos desconhecidos na saúde de cozinhar com gás, revelou que 35% dos cidadãos da União Europeia estão expostos à poluição provocada pelo gás de cozinha, e que 12% dos casos de asma infantil na Europa são atribuídos a estes aparelhos. As crianças são particularmente vulneráveis aos efeitos negativos da poluição atmosférica dentro de casa.