Sustentabilidade

CNN Portugal Summit: O papel da bioeconomia na sustentabilidade

A economia que muda o clima foi o tema da mais recente CNN Portugal Summit
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CNN Portugal Summit (foto: AWAY)
CNN Portugal Summit (foto: AWAY)

Economia circular, bioeconomia, financiamento verde, importância e gestão da água foram alguns dos temas em debate na CNN Portugal Summit - "A economia que muda o clima" que se realizou ontem, 17 de outubro, no Pestana Palace, em Lisboa. A AWAY acompanhou o primeiro painel, com a presença do ministro da Economia, António Costa Silva, entrevistado por Anselmo Crespo da CNN Portugal.

O governante defendeu a bioeconomia como um modelo de futuro, onde o desenvolvimento de produtos biológicos, com materiais menos poluentes e aproveitando recursos regenerativos pode ser a única solução para deixarmos de utilizar combustíveis fósseis.

“Estamos distraídos com as guerras, mas a ameaça que estamos a ignorar é o aproximar da 6.ª vaga da extinção da humanidade. Quando olhamos para o planeta reparamos que já existem sinais como a extinção de várias espécies anfíbias”. - refere Costa Silva

Exemplos como um melhor aproveitamento da tecnologia marinha (algas como fonte de bioplásticos e fibras biológicas têxteis) podem conferir a Portugal um papel importante na descarbonização e melhor sustentabilidade de vários setores.

Em destaque Costa Silva deixa a mensagem que Portugal até está a fazer um bom caminho. O exemplo: “em 2005 emitimos cerca de 67 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) e o ano passado emitimos cerca de 35 milhões, o que representa uma redução à volta de 40%, tendo o nosso país uma das mais baixas taxas de emissão per capita da Europa (cerca de 3,2 ton/pessoa)".

“Para que serve a economia quando não conseguimos respirar?" – lembrou Costa Silva, citando Kofi Anan, antigo secretário-geral das Nações Unidas

O ministro da Economia relembrou ainda o esforço que o Governo está a fazer na captação de indústria que nos permita ter mais economia verde, como é o caso da utilização de energias renováveis, para a produção de aço verde ou produção de baterias elétricas e ainda a exploração de lítio (onde “temos uma das maiores reservas da Europa”).

Deu ainda como sinais muito positivos o início da produção de um comercial ligeiro 100% elétrico na Stellantis de Mangualde e a aposta da Salvador Caetano nos autocarros a hidrogénio que, de Gaia, já exportamos para toda a Europa.

António Costa Silva deixou ainda a ideia da criação de uma universidade internacional (sediada por exemplo nos Açores ou na Madeira) que pudesse estudar a energia e um melhor aproveitamento dos oceanos, com foco também na captação dos jovens para estas questões.

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