Muitas pessoas não o sabem, mas o lixo orgânico que produzimos diariamente, juntamente com o que provém de locais de construção e demolição, são os principais materiais em circulação dentro das zonas urbanas. Isto tem um impacto ambiental significativo, especialmente nas cidades europeias.
Com o objetivo de colocar as cidades a colaborarem e a criar um sistema circular de materiais, a União Europeia, através do ICLEI – Local Governments for Sustainability, e com financiamento no âmbito do Horizonte 2020, criou o projeto CityLoops que promove a implementação de ações para desenvolver a circularidade na utilização de resíduos.
O projeto, que nasceu em 2019 e que deverá durar até setembro de 2023, juntou Apeldoorn, na Holanda, Bodø, na Noruega, Højebb-Taastrup e Roskilde, na Dinamarca, Mikkeli, na Finlândia, Sevilha, em Espanha, e o Porto, sete cidades-piloto de pequena e média dimensão que devem criar processos variados e facilitar acessos de forma a promover a circularidade de resíduos e começar a dar-se os primeiros passos para se atingir uma economia circular.
O projeto está dividido em três fases: a de preparação que inclui análises e mapeamento de possíveis apoios externos; a de demonstração em que se implementam e testam as soluções; a de replicação em que as medidas da CityLoops são adaptadas a nível regional e continental.
Paralelamente, será também analisada a circularidade de todos os setores, assim como a circularidade urbana.
O Porto, a única cidade portuguesa na CityLoops, participa com o objetivo de reduzir o desperdício alimentar e valorizar os bio-resíduos, para que consiga ser uma cidade circular até 2030.
Em dezembro de 2021, a cidade do Norte apresentou o concurso FoodLoop, uma das ações de demonstração, que nasce com o objetivo de encontrar ideias e projetos que contribuam para uma transformação do sistema de alimentos.