Energia

Galp suspende compra de produtos petrolíferos de origem russa

As cargas de produtos petrolíferos com origem na Rússia já adquiridas e atualmente em trânsito serão recebidas e descarregadas
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Galp (sede)
Galp (sede)

A Galp anunciou ao final da tarde de ontem, dia 2 de março, que irá suspender novas aquisições de produtos petrolíferos provenientes, quer da Rússia, quer de empresas russas.

Em comunicado a maior empresa de combustíveis a operar em Portugal informa que “apesar de não participar em joint ventures com quaisquer entidades russas, a Galp está em vias de eliminar a exposição direta ou indireta a produtos petrolíferos provenientes, quer da Rússia, quer de empresas russas, em contratos existentes. “

Esta medida poderá ter forte impacto na atividade da refinaria de Sines, mas a Galp assegura que não existirá qualquer transtorno para os consumidores.

As declarações da Presidente e do CEO sobre a crise na Ucrânia

Em comunicado de imprensa, a Presidente da Galp, Paula Amorim, considera que “este terrível ato de agressão da Rússia contra a Ucrânia viola em absoluto os valores que a Galp defende, como a Liberdade e os Direitos Humanos. Num contexto tão complexo e terrível, a nossa decisão é simples: a Galp não vai contribuir para financiar a guerra.”

Tambem o CEO, Andy Brown, deixou nota à imprensa: “O CEO Andy Brown, destaca: “A invasão maciça da Ucrânia pela Rússia é um duro golpe para o mundo livre. A nossa solidariedade vai para o povo ucraniano que está a sofrer esta agressão. Estamos a analisar formas de apoio da Galp aos esforços humanitários coletivos.”

Apesar da suspensão ordenada, os transportes em curso serão descarregados

No comunicado distribuído à imprensa a Galp informa ainda que adquire gasóleo de vácuo (VGO) através de contratos a prazo com entrega em Sines que não especificam (nem discriminam) a origem do produto. A Rússia é responsável por metade da produção mundial deste produto, que é uma das matérias-primas utilizadas para a produção de gasóleo na Refinaria de Sines.

Acrescenta a empresa que a Galp está a desenvolver planos para obter o VGO através de fornecedores alternativos, ou para operar a refinaria a um ritmo limitado, embora assegurando sempre o fornecimento de gasóleo ao mercado português.

No entanto é de sublinhar que as cargas de produtos petrolíferos com origem na Rússia já adquiridas e atualmente em trânsito serão recebidas e descarregadas.

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