Os líderes das maiores economias mundiais, presentes na cimeira do G20 em Roma, comprometeram-se a alcançar a neutralidade carbónica “por volta do meio do século”, que é como quem diz, daqui por 30 anos mais ou menos.
De acordo com o comunicado final do encontro do G20 os principais lideres comprometeram-se também a terminar com os apoios públicos às centrais elétricas alimentadas a carvão, mas sem indicar prazos, numa presumível cedência aos interesses da China e Rússia.
O Grupo do G20 representam mais de três quartos das emissões de gases totais do planeta e estas afirmações parecem pouco ambiciosas.
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No comunicado, citado pela Associated Press, os líderes do G20 afirmam ainda que os países mais ricos deverão disponibilizar mais de 100 mil milhões de dólares anualmente para auxiliar os países mais pobres na transição climática. Este apoio deverá ser no sentido de apoiar financeiramente as adaptações necessárias.
No entanto, a expressão que remete este compromisso apenas para a segunda metade do século XXI é preocupante. Isto porque os Estados Unidos e a União Europeia comprometem-se com 2050, mas China, Rússia e Arábia Saudita apontam essas metas apenas para 2060. Curiosamente nenhum dos líderes destes três países marcaram presença em Roma…