Cidades

5 passos a dar para uma melhor mobilidade sustentável nas cidades

Será que estamos mesmo a pensar as cidades da forma mais correta?
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Quando pensamos em mobilidade urbana, somos cada vez mais obrigados a analisar todos os aspetos de funcionamento de uma cidade e a forma como interagimos nesse ambiente.

Serão as ciclovias apenas a única preocupação dos decisores locais? E as pessoas? Devemos apostar em zonas pedonais livres de qualquer trânsito (incluindo livres de bicicletas ou trotinetes)? E os radares de controlo de velocidade? Serão as únicas formas de disciplinar o trânsito?

A AWAY foi ao programa Esta Manhã da TVI (vídeo de abertura) abordar algumas destas questões e traz aqui cinco passos que consideramos essenciais para uma melhor mobilidade sustentável.

1. Cidades mais inclusivas

Precisamos de ter redes de transporte zero emissões, mas a aquisição destes transportes, assim que terminarem os subsídios, vai torna-los (e à sua utilização) mais caros. É preciso pensar em alternativas. 

A configuração de toda a rede também deve ser repensada. De que que serve ter ciclovias quando depois não temos passeios seguros para crianças, idosos ou para o peão de uma forma geral?

É necessário combater a diferença e as assimetrias. Mas, por outro lado, não podemos transformar o centro da cidade em zonas "hi-tec pedonais" e depois ter bairros inteiros sem rampas para que pessoas de cadeiras de roda consigam atravessar a estrada.

2. Convergência de soluções

Não pensar nos transportes públicos em lógicas apenas circulares, mas, sim, acautelar as ligações periféricas dissuasoras de entrada de carros nos grandes centros. As redes de transportes devem ter “hubs” que possibilitem o maior número de ligações (entre os vários meios de transporte) no mesmo local. E ter cuidado se queremos redes adaptadas ao turismo ou se queremos redes que (também e acima de tudo) sirvam os munícipes.

3. Mobilidade como um serviço (MaaS)

Convergência é também adaptar as soluções tecnológicas ao serviço dos moradores. Todos os decisores políticos falam no assunto, mas poucos sabem verdadeiramente como integrar a mobilidade ao serviço da sociedade.

É necessário envolver as pessoas e questionar o que pode ser um bom serviço em determinada zona da cidade. Para ser verdadeiramente um serviço.

4. Projetar para curto-prazo e não para um futuro com carros voadores

Pensar a cidade, alterar zonas, bairros, estacionamentos, vias de trânsito focando nas necessidade do futuro, sim… mas a pensar na utilização de hoje. Não podemos querer ter carros autónomos, vias exclusivas ou até carros voadores e depois não temos, já nos dias de hoje, local para parar o carro próprio em frente a casa.

5. Apoiar soluções na tecnologia

Sinais alimentados por energia solar, estradas que carregam carros por indução, etc. É urgente poupar recursos e melhorar a vida nas cidades. A tecnologia já tem um papel importante e temos de saber utilizá-la para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

 

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