A Carris Metropolitana tem agora um ‘site’ remodelado que disponibiliza toda a informação sobre o serviço público de transporte prestado, incluindo a localização do autocarro, o número de passageiros transportados ou horários em tempo real.
A nova página da internet foi apresentada nesta segunda-feira na capital, na sede da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), empresa que gere, coordena e planifica os transportes na Área Metropolitana de Lisboa, tendo como marca única e exclusiva para os autocarros interurbanos a Carris Metropolitana.
Para Rui Lopo, administrador da TML, o redesenho do ‘site’ “com novas funcionalidades” passa pela estratégia da empresa de ser “mais transparente naquilo que é o serviço público prestado”, dando mais informação às pessoas, além do acompanhamento que é feito “aos prestadores de serviço que estão no terreno a operar a marca Carris Metropolitana”.
De acordo com o responsável, através da página há agora a possibilidade de divulgar os passageiros transportados ou “os serviços que são feitos versus os que não são feitos todos os dias”, entre outras funcionalidades.
O ‘site’, indicou, é utilizado por aproximadamente 40 mil pessoas por dia, daí a necessidade de “continuar a atualizar as ferramentas, porque elas hoje em dia são indissociáveis do serviço de transporte”. A aplicação de telemóvel, por exemplo, já conta com 60 mil instalações.
“Dão informações às pessoas, permitem que as pessoas interajam com o serviço e é muito importante mantê-las atualizadas e renovadas e cada vez mais próximas e adaptadas à realidade do consumidor”, referiu.
O responsável sublinhou que a TML é uma “empresa tecnológica de transportes” a trabalhar diariamente milhões de dados recebidos a cada 10 segundos através de uma consola instalada nos autocarros e que depois são trabalhados para chegar ao público.
“São quatro operadores. Mais de 1.700 autocarros na rua, três mil quilómetros percorridos na Área Metropolitana de Lisboa, 21 mil serviços e cerca de 70 mil pessoas transportada por dia na Área Metropolitana de Lisboa”, avançou Rui Lopo, caracterizando a complexidade da operação.
Os níveis de concretização do serviço encontram-se nos 98%, ou seja, “98% dos serviços planeados são feitos”, indicou, considerando que há pontualmente coisas a corrigir, mas que o serviço está “bastante bom e será para continuar a melhorar para o ano”.
Este ano, até ao momento, e de acordo com Rui Lopo, há um aumento da procura situado nos 26% em toda a área metropolitana, registando a Área 4 (Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal) um aumento de 30%.
No novo ‘site’, à semelhança do que acontece com a ‘app’ para telemóveis, podem ser personalizadas linhas favoritas, para o acesso às informações mais relevantes. Podem ainda ser encontrados avisos e novos filtros de pesquisa, além de dados da operação nos municípios da área metropolitana em tempo real.
O ‘site’ disponibiliza ainda, numa primeira fase, o número de pessoas transportadas em tempo real, bem como o acumulado do dia, do mês e do ano, além da percentagem da operação prevista para o dia que está a ser concretizada.
Há ainda a possibilidade de o ‘site’ ser consultado em inglês e o design é adaptado a telemóveis.
A Carris Metropolitana opera, desde 01 de junho de 2022, em quatro áreas (concessionadas a operadores privados distintos), nas quais se incluem os 15 municípios da AML que delegaram as suas competências à Transportes Metropolitanos de Lisboa.
A Área 1 funciona nos concelhos da Amadora, Oeiras, Sintra, tendo como operador a Viação Alvorada. A Área 2, operada pela Rodoviária de Lisboa, abrange Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira.
Já a Área 3 funciona em Almada, Seixal e Sesimbra, tendo como operador a Transportes Sul do Tejo, e a Área 4 é gerida pela Alsa Todi.
A operação da Carris Metropolitana também abrange ligações aos municípios que não delegaram competências e gerem diretamente os transportes concelhios: Barreiro (TBC), Cascais (MobiCascais) e Lisboa (Carris). Desta forma, encontram-se incluídas na Carris Metropolitana ligações ao Barreiro (3 e 4), Cascais (1) e Lisboa (nas quatro áreas).
O contrato da TML com os operadores é de 270 milhões de euros por ano e, segundo Rui Lopo, os prestadores recebem consoante a distância percorrida, ou seja, se tiverem uma distância contratada e não a cumprirem são penalizados.