A União Europeia (UE) aprovou em julho de 2019 uma diretiva que regulamenta e estabelece objetivos para a redução de plásticos de uso único e Portugal é um dos países que segue em primeiro lugar como aquele que mais transpôs essa diretiva.
Portugal está à frente do grupo que inclui Chipre, Dinamarca, França, Grécia, Letónia, Luxemburgo e Suécia como melhor posicionados, de acordo com um relatório hoje divulgado pela organização europeia Rethink Plastic Alliance (RPA) e partilhado pela associação ambientalista Zero.
Esta diretiva esteve na base de algumas medidas implementadas em Portugal e foram propostas algumas bastante ambiciosas, por exemplo, em termos de redução de copos de bebidas e embalagens de plástico para take away (obrigação de disponibilização de soluções reutilizáveis a partir de 2024, redução de 80% até final de 2026 e de 90% até 2030, tendo por referência os valores de 2022), refere um comunicado da Zero, citado pela Lusa.
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O grande problema em Portugal parece no entanto ser a implementação das medidas entretanto aprovadas. A Zero refere que a colocação de medidas ambiciosas em legislação não é sinónimo de as mesmas serem implementadas de forma eficaz.
Por outro lado, a associação reforça o alerta de que não se pode reduzir o número total de copos e recipientes para alimentos e ao mesmo tempo incentivar a transição para outros recipientes não necessariamente melhores do ponto de vista da saúde humana e ambiental.